Os pilares da Fé

Pilares da Fé
São 6 os Pilrares da Fé

1. Crença em Deus Único (Tauhid)
- Tauhid Rububiia (Unicidade do Senhorio de Deus)
- Tauhid Uluhiia (Unicidade na adoração)
- Tauhid Assifat (Unicidade dos atributos de Deus)

2. Crença nos Anjos
- Conceito de Anjos no Islam

3. Crença nos Livros Sagrados
- Torah
- Evangelho
- Páginas Apócrifas
- Alcorão Sagrado

4. Crença nos Mensageiros e Profetas
- Mensageiros
- Profetas

5.Crença na Ressurreição e no Juízo Final
- Conceito de Morte no Islam
- Al Berzakh (A espera entre a morte e o julgamento)
- Al Ba´th (A Ressurreição


6. Crença na Predestinação
- Al Qadr (A Predestinação)


A Crença Islâmica

A crença islâmica é clara, simples, indo ao encontro da Fitra (significa o conhecimento e o estado que é inato ao ser humano); é uma crença intermediária entre o exagero daqueles que acabam criando outras divindades que os aproximem de Allah e aqueles que negam a existência de Allah; é uma crença que não aceita acréscimos e nem que se retire algo dela; ela não aceita ser imposta, devendo ser fruto de análise e da observação, daí Allah em várias passagens do Alcorão se dirigir às pessoas dizendo: "Acaso não raciocinam." "Acaso não meditam." A crença no Islam se resume em seis pilares que se complementam, o que significa que aquele que nega um desses pilares não é muçulmano.

1 - A crença em Deus:O Tauhid (a unicidade de Allah)

A crença no tauhid é a coluna mestre da Fé islâmica. Ela se divide em três partes, a primeira é o tauhid ar-rububia(unicidade do Criador) que siginifica acreditar que Deus criou, mantém e é o Senhor de tudo e de todos; a segunda é o tauhid al-Uluhia(unicidade da divindade), que expressa que Allah é o Único a quem devemos adorar e a quem devemos dirigir nossas súlicas, sem que haja intermediários entre os homens e Ele; e a terceira é o tauhid al-Asmá ua Sifát(unicidade dos nomes e atributos de Allah), que quer dizer que a Allah pertencem todos os nomes e atributos da perfeição, por isso devemos nos submeter totalmente a Ele. Diz Allah, o Altíssimo "Dize: Ele é Allah, o Único! Allah! O Absoluto! Jamais gerou ou foi gerado! E nada é comparável a Ele!" (sura 112)
Esta crença representa a carta de alforria do homem em relação a toda a sorte de humilhação, pois ele entende que a única superioridade que existe é a Allah e que conseqüentemente todas as criaturas são iguais, por isso ele não deixará humilhar por ninguém e não abaixará a cabeça para ninguém, exceto para o Criador.
Foi essa conciência que fez com que um beduíno enviado como um mensageiro ao imperador Pérsia dissesse ao ser interrogado acerca do seu envio: "Eu vim para retirar as pessoas da adoração às criaturas para a adoração ao Senhor das criaturas."
a) Tauhid Rububiia - A crença na soberania divina. Crer que Deus é o Criador, o Sustentor e o Soberano de tudo o que se refere à criação, bem como o Único que decide seu destino.
b) Tauhid Uluhiia -A crença na divindade de Deus; ou seja, crer que Deus é o Único a ser adorado, e tudo o que se adora além d'Ele, é falso.
c) Tauhid Assifat -A crença nos nomes e atríbutos de Deus, e que eles são completos e perfeitos, e tais nomes devem ser corroborados pelo Alcorão, ou pelas tradições do profeta Muhammad (que a paz e as benções de Deus estejam com ele).

2 - A crença nos Anjos:

A crença nos anjos é fruto da crença em Allah. Os anjos são criaturas que executam as ordens de Allah. são feitos de luz, possuem mãos, pés, asas; eles não se cansam, não agridem, possuem poderes e podem assumir a forma humana; eles nunca desobedecem a Allah e são criaturas extremamente virtuosos; possuem ocupações, e somente Allah sabe quantos existem.
Os anjos foram criados por Deus, O adoram e O obedecem. Deus os encarregou com diferentes tarefas, como por exemplo: Jibraïl(Gabriel) que é responsável por levar as mensagens de Deus aos profetas, Mikaïl(Miguel) responsável pelas chuvas e crescimento das plantas e Israfil que será o responsável por soprar a trombeta no Dia da Ressurreição. Também há o anjo da morte(Izraïl (Rafael)), que é o encarregado de tirar a vida das criaturas há um tempo infalível, fixo e determinado por Deus. Rafael também tem muitos anjos a trabalharem sob sua supervisão, uns que tiram a alma dos bons e outros que tiram alma dos maus.

3 - A crença nos Livros:

As mensagens divinas, reveladas por Allah aos mensageiros, estão contidas em Livros. À medida que essas mensagens iam sendo esquecidas ou deturpadas, Allah enviava novas mensagens. Dentre estas encontramos o Torá de Moisés, os Salmos de davi e o Evangelho de Jesus.
O último desses Livros é o Alcorão, que, ao contrário dos outros, permanece inalterado, ou seja, continua da mesma forma em que foi revelado ao Profeta Muhammad(SWAS). Veja o que o pesquisador Maurice Bucaille diz a esse respeito: "Uma autenticidade indiscutível dá ao texto alcoránico um lugar à parte entre os Livros de revelação, lugar que ele não divide nem com o antigo, nem com o novo Testamento." Somente Allah conhece o número exato de Livros revelados.
a) A Torá; revelada ao profeta Moisés, e é o principal livro revelado ao povo de Israel.
b) O Evangelho; revelado a Jesus.
c) Os Salmos, dados a Davi.
d) O Nobre Alcorão; revelado ao profeta Muhammad (SWAS), último dos profetas. Com ele, o Alcorão, Deus abrogou todas as revelações anteriores, e se responsbilizou pela preservação do mesmo, uma vez que servirá também como prova irrefutável contra aqueles que não creram n'Ele nem no Dia do Juízo Final.

4 - A crença nos Mensageiros:

Allah elegeu os humanos alguns a quem o anjo Gabriel deveria revelar as mensagens, esses são os mensageiros. Somente Allah conhece o seu número, mas no Alcorão são mencionados vinte e cinco, dentre eles Abraão, Moisés, Jesus e Muhammad( que a paz e a misericórdia de Allah estejam com todos eles). Eles sentiam o que nós sentimos, ficavam doentes como nós ficamos e morreram como nós também iremos morrer um dia, enfim, eram de carne e osso. Nós devemos acreditar em todos eles e nas suas missões. Dvemos testemunhar que cumpriram e transmitiram tudo corretamente. Eles eram pessoas de grande sabedoria. Diz Allah, o Altíssimo: "Dizei: cremos em Allah, no que nos tem sido revelado, no que foi revelado a Abraão, a Ismael, a Isaac, a Jacob e às (doze) tribos; no que foi concedido a Moisés e a Jesus e no que foi dado aos profetas por seu Senhor; não fazemos distinção alguma entre eles, porque somos, para Ele, muçulmanos." (2: 136)

5- A crença no Dia do Juízo Final:

Crer no dia do juízo final é crer que após a morte seremos ressuscitados, e todos os nossos atos serão julgados por aquele que nos criou. A justiça será feita, e quem tiver seguido o caminho revelado por Allah terá o paraíso como morada eterna, enquanto aquele que tiver preferido seguir os seus desejos e caprichos terá o inferno como morada eterna. Agora imaginemos o seguinte:
Suponhamos um feto no ventre materno. O único mundo que ele conhece é aquele apertado, escuro e cheio de água. Suponhamos ainda que ele possa ouvir e entender tudo o que a sua mãe fala. Ela lhe explica que ele se encontra ali temporariamente, e que passado um tempo ele sairá para um mundo enorme, cheio de luz, cores, animais e pessoas adultas e idosas. ele não será capaz de imaginar o mundo fora do útero como descrito por sua mãe, visto essas imagens não fazerem parte da sua realidade. Mas isso não significa que ele não deva acreditar que esse mundo exista, pois a fonte dessa notícia é uma pessoa de sua total confiança, sua mãe. O mesmo acontece conosco. Não é pelo fato de os nossos sentidos serem incapazes de assimilar essa realidade (que é a existência de uma outra vida após a morte) e de ela não pode ser vivenciada, que nós devemos negar a sua existência, pois ela nos foi revelada pelo nosso Criador e transmitida pelas pessoas mais sábias e verdadeiras que Allah ja criou. Como disse Omar ibn abdel Aziz (Omar bin Abdel-Aziz governou no período de 99 a 101 depois da Hégira, na cidade de Medina.): "Nós fomos criados para a eternidade e em verdade estamos nos mudando de um lar para outro."
Mas há pessoas que, além de não acreditarem nessa verdade transcendental, criam teorias a fim de ter algo a que se apegar, pois a fitra e a razão se recusam a crer que a existência acaba com a morte, como é o caso da teoria da reencarnação. Dizem que o homem morre e o seu espírito torna a viver em um outro corpo para alcançar o grau máximo de desenvolvimento(o que acaba gerando um ciclo interminável). e dependendo de como a pessoa tenha se comportado na vida anterior, ela reencanará numa vida de sofrimento(se tiver se comportado mal) ou numa vida feliz(se tiver se comportado bem). Para essas pessoas, levanto as seguinte questões:
a) como Allah, que tem como um dos seus atributos a justiça, pode permitir que um corpo pague pelos pecados de um outro corpo, e o que é pior, sem ter consciência disso?
b) Em que Livros revelados por Allah se encontram fundamentos para essa teoria?
c) Se o quanto nós sofremos nessa vida está diretamente relacionado ao quanto aprontamos na vida passada, então como é que podemos seguir os mensageiros que foram as pessoas que mais sofreram durante as sua vidas de pregação? Afinal de contas, segundo essa teoria, eles foram os piores pessoas na vida anterior, ou nas vidas anteriores. será que uma só reencarnação é suficiente para transformar esses espíritos inferiores em espíritos elevados como eram os espíritos dos mensageiros?
d) A teoria da reencarnação pressupõe o seguinte: existem cinco pessoas; elas morrem e reencarnam em outras cinco pessoas. Isso denota uma estagnação, ou na pior das hipóteses uma diminuação na população do planeta. Então como explica o fato de a população mundial estar crescendo numa proporção acelerada?
e) frequentemente se afirma que a reencarnação é a solução para as questões de desigualdade que assolam o homem. tentam através dela explicar o motivo pelo qual pessoas nascem deformadas, ou com algum tipo de deficiência, ou com alguma doença, ou o motivo que teria feito com que pessoas normais se tornassem deficientes e ou adquirissem doenças incuráveis. Mas o que explicará, então, as deformações, as deficiências e as doenças incuráveis que atingem também as plantas e os animais?
f) Por que as pessoas sempre dizem reencarnar pessoas nobres, ou personagens da história com Napeleão, Cleópatra e Júlio César e nunca dizem reencarnar um mendigo leproso, escorraçado por todos? Aliás, vocês já reparam quantas pessoas no mundo dizem reencarnar esses personagens ao mesmo tempo? Quantos corpos para um único espírito, hein?!

6 - A crença na Predestinação (destino):

Crer na predestinação é aceitar com convicção que Allah é o Senhor de tudo e de todos e que Ele colocou tudo no seu devido lugar, criando a felicidade e o sofrimento. O tempo de vida de cada ser humano está nas mãos de Allah.
O homem possui o livre-arbítrio. Ele tem o poder de escolha, porém este poder não sai do círculo permitido por Allah.
O homem deve se esforçar ao máximo para conseguir o que deseja(de maneira lícita claro) e para mudar uma situação, e não se acomodar e culpar o destino por tudo. Algumas pessoas dizem que o livre-arbítrio não combina com a crença no destino; para elas eu pergunto:
a) Foi você quem escolheu quando nascer, a que família pertencer e as suas características físicas e psicológicas? Certamente a resposta será um sonoro não.
b) Acaso é você que escolhe quando adoecer, quando se curar e quando morrer? Novamente a resposta será não. Viu, olha só o destino tomando parte da sua vida.
c) Quando você decide se casar, pode escolher a pessoa com a qual deseja dividir a sua vida? Ou quando você necessita de dinheiro pode optar por trabalhar em vez de roubar? Ou quando você quer passar de ano na escola, pode escolher entre estudar ou colar? A resposta é sim. Olha o livre-arbítrio aí!
A predestinação, é crer que Deus criou Suas criaturas, de acordo com Sua Sabedoria prévia e absoluta antes de tudo acontecer. Tudo o que aqui está, já estava em Sua Sabedoria antes de sê-lo, e escrita em Sua Tábua Guardada. Logo, nada existiu, ou aconteceu sem Sua vontade.

O Conceito Islâmico da Fé

A base de qualquer religião é a fé, sem ela o homem é como um carro sem volante, andando cegamente sem objetivo, sobre o mar de dúvidas e confusões.
Ter fé no Islam é acreditar com convicção na unicidade de Deus, Tauhid:
‘’La Ilaha Illal-Lahu Muhammad Rassulullah’’
‘’Não a divindade além de Deus e Muhammad é seu Mensageiro.’’
A aceitação ou a recusa desta expressão produz um mundo de diferença entro um homem e o outro; o crente encontra o caminho reto, descobre a verdade, o sossego íntimo e analisa tudo à luz da realidade Divina. O incrédulo vagueia consecutivamente de uma ilusão para outra e afoga-se nas trevas.
Para o crente está reservado o sucesso neste e no outro Mundo e para o descrente a condenação; porém, a força real deste Kalimah está na sua aceitação consciente e completa aplicação na vida prática. Enquanto não se souber o verdadeiro significado da Kalimah e sua essência não for alcançada, não se pode chegar à importância real e efetiva desta doutrina.
Por exemplo, se um esfomeado ficar a repetir a palavra comida..., não lhe encherá o estômago e nem o doente poderá adquirir a saúde só por ficar a repetir a palavra remédio...
Terá que fazer algo na prática, da mesma forma a Kalimah não pode criar nenhuma mudança na vida de alguém se apenas for meramente repetido sem convicção e sem ser percebido o seu significado e sem ser praticado na letra e no espírito.
Desde os tempos antigos e desde que é conhecida a história do homem nota-se que em todas as eras o Homem tem reconhecido uma deidade ou deidades e adorou-as; mesmo agora, cada nação sobre a terra desde a mais primitiva a mais civilizada acredita nisso e adora uma deidade. Isso demonstra que a idéia de haver uma deidade e de adorá-la está no instinto humano, há algo dentro do espírito humano que lhe força a proceder assim.
Aceitar a unicidade de Deus é chamada; <<Fé>> no Islam; a Fé no Islam é a base moral para todas as ações e não é uma simples afirmação dogmática, da salvação como é no Cristianismo. O bem-estar do homem depende da fé acompanhada de boas ações.
Assim, a fé é a crença firme, resultante do conhecimento e convicção inabalável da unicidade de Deus e Seus Atributos, quem assim acredita é chamado de Mumin.
Esta fé guia o homem (é o volante) invariavelmente à vida de obediência e submissão voluntária perante as ordens de Deus. E quem vive a vida de submissão é conhecido por Muslim ''muçulmano''.

Deus e Sua Existência

É verdade que historicamente, o ser humano sempre pensou num poder sobrenatural existente além deste nosso mundo das mudanças. Ele está constantemente a tentar não só encontrar a origem de todo o Universo, mas, também um objeto para a sua adoração.
A história da Humanidade é apenas uma série desses esforços, algumas pessoas pensaram que este poder podia ser encarnado em certos tipos de arvores, pedras, ouro, ou no homem.
Houve pessoas que, pensavam que era o sol outras achavam que era a lua ou outros astros, e ainda outras pensaram que eram os rios, etc. Há ainda outros que dizem não haver Deus, mas a natureza em si é o seu Deus.
Outros pensam que Deus deve ser um poder sobre-natural, que não tem forma, nem semelhante, não é afetado pelas mudanças, que é imortal e eterno. Está posição é semelhante a do Islam.
Tudo isto é o resultado da posição a que chegaram os psicólogos de que o ser humano tem um instinto religioso. Por natureza ele acredita na existência de um poder forte e grande que controla o Universo e sente que ele e o resto da humanidade são dependentes d'Ele e sujeitos a esse poder.
O Professor Max Fuller no seu ‘’Hibbert Lectures’’ diz:
‘’A religião não é uma invenção nova. Se não é antiga como o mundo pelo menos é antigo como o mundo que conhecemos. Nunca houve falso Deus nem religião falsa a não ser que chames à criança um homem falso. Daquilo que eu sei das religiões, todas elas tinham o mesmo objetivo. Todas estavam ligadas a uma corrente que liga o céu a terra e que, estava e continua, a ser assegurada pela mesma mão. O próprio Platão afirmou que: o conhecimento do verdadeiro Deus está implantado por natureza em todas as almas e, o trabalho dos professores neste campo não é ensinar o homem o que ele não sabe, mas é remover os obstáculos e as sombras que ocultam a verdade e o impedem de chegar até lá e para lhe recordar do conhecimento que ele já tem.’’
Assim o homem por natureza pensa em Deus.
Alguns deles conseguem descobri-lo e outros não, daí a tarefa dos Profetas foi de recordá-los, da Existência de Deus; o Alcorão Sagrado menciona vários sinais e de várias formas, chama a atenção do homem, recordando-o a existência do verdadeiro Deus.
Todos nós sentimos a sua existência, porém há quem o recusa alegando que não o vê, o que não tem lógica, pois há coisas que nós não vemos e estamos certos da sua existência como é o caso da nossa própria alma, o juízo, a energia, etc. Estas e outras coisas semelhantes não são vistas, mas a sua existência é aceita unanimemente.
Realmente, nem tudo se conhece diretamente; há coisas que conhecemo-las indiretamente, pois, os seus efeitos são sentidos e conclui-se que existem.
Por exemplo, se carrego o peso que nenhum dos meus amigos o consegue, então eu deduzo que só o faço por ser mais forte que eles. Sente-se os raios do sol aqui na terra, então deduzimos que deve existir algo que permite a chegada dos seus raios aqui na terra, etc.
O nosso conhecimento a cerca de Deus também não é diferente disso, pois Ele é conhecido pelos Seus sinais e efeitos. Porque Ele é sutil, conhecemo-lo não pelo nosso juízo diretamente, mais indiretamente, através das Suas criações e efeitos. Razão pela qual não podemos conhecê-Lo inteiramente, pois só conhecemos os Seus atributos através da revelação, é por isso que o ser humano precisa da revelação.
Nós podemos estabelecer através do argumento racional a existência de Deus, mas a informação completa e total sobre Deus, está fora do alcance humano, Deus não pode ser descrito exceto mencionando algum dos seus atributos.
Bacon diz:
‘’Quando as ciências naturais são separadas pouco a pouco elas dão a entender inicialmente que estão remotas de Deus. Mas, quando são estudadas em pormenores e examinadas profundamente, elas forçam-nos chegar ao conhecimento da existência de Deus e na sua crença.’’ (Christian Belief and Scince)
A existência de Deus também pode ser provada por intuição. O filósofo Francês Descretes W. do século 16, na sua demonstração da existência de Deus diz que:
‘’A existência de Deus é conhecida intuitivamente e por depender da explicação intuitiva não precisa de prova, nem de demonstração, basta só revelá-la e desenrolá-la.’’
Ele diz ainda:
‘’Eu existo agora e sei que sou algo mudável, eu não sou a causa da minha existência, senão teria existido antes, eu não sou a causa das mudanças que caiem sobre mim, se fosse assim, ter-me-ia mudado para a melhor posição, eu não sustento a minha própria existência, se fosse assim, poderia subsistir (durar) para sempre. Os meus pais e os antepassados não causaram todos estes acontecimentos em mim, porque eles ocupavam a mesma posição que eu ocupo. Eu iniciei a minha vida na forma de uma criança desamparada, cresci chegando à juventude e tornei-me homem e depois ao declínio na forma de um velho. Não são todos estes sentimentos e mudanças a caírem sobre, um sinal de que sou um ser mortal cuja origem, deve ser imortal e a alma eterna?’’ (Evolution theory and christian belief - the unresolved conflict).
Will Herberg explica a existência de Deus de uma outra forma, ele diz:
‘’Se a palavra a <<DEUS>> tem de ter alguma relação aos nossos problemas temos que reconhecer que Deus não é algo cuja existência pode ser estabelecida por um simples expediente ao empurrar uma investigação científica ou avançando um bocadinho mais com especulação metafísica. A própria tentativa de fazer isso é um erro e uma iniciativa ilusória, pois no fundo isso trata de Deus como qualquer outro objeto do mundo, não corno um objeto transcendente que não pode ser encerrado no material de experiência; a mesma coisa pode ser dita sobre a tentativa de deduzir Deus da história ou de dentro dos fundos da consciência humana onde afinal refletem as nossas próprias confusões e limitações. Deus cria e sustenta toda a natureza.’’ (Will Herberg: Four Existentialist Thinker's)
Não há dúvida que Deus existe, sentimos a Sua existência, mas uma vez que está fora do nosso alcance mental, descrevê-Lo, temos que nos basear nas revelações Divinas onde o próprio Deus nos diz quais são as Suas qualidades e atributos.
O Alcorão Sagrado por sua parte dá-nos provas da existência de Deus, concentrado a maior parte dos seus argumentos em 5 tópicos:
1º. Evidência (prova) da experiência íntima da humanidade;
2º. Revelação Divina ao Homem;
3º. Modelo universal da moral humana;
4º. Doutrina da criação do Universo;
5º. Argumento cosmológico.
Colocando juntas todas essas evidências, o homem por mais ateu que seja chegará à conclusão de que existem bases razoáveis para se acreditar que há uma personalidade e força através do Universo que controla tudo isto, e essa personalidade é denominada <<Deus>> pelos muçulmanos.
Assim, o muçulmano em primeiro lugar deduz a existência de Deus de dentro de si próprio e da natureza em geral, porque, Deus diz no Alcorão Sagrado:
‘’Na criação dos céus e da terra e na alternância do dia e da noite há sinais para os sensatos.’’ (Alcorão Sagrado 3:190)
E diz:
‘’E também (os há) em vós mesmos. Não vedes, acaso?’’ (Alcorão Sagrado 51:21)
Não há dúvida que Deus existe, e é Único, não há nada nem ninguém igual a Ele nos seus Atributos e na sua Essência. O Islam não lança, a mentalidade humana para aquilo que ela não tem capacidade de perceber, o Islam está apenas a dirigir a atenção do homem para os fatos, que ele próprio pode descobrir se estiver seriamente interessado no uso do seu poder de pensar. Há muitos versículos no Alcorão Sagrado que nos dão provas positivas da existência de Deus, o Único.
Diz Deus no Alcorão Sagrado:
‘’Porventura, não foram eles criados do nada, ou são eles os criadores? Ou criaram, acaso, os céus e a terra? Qual! Não se persuadirão!’’ (Alcorão Sagrado 52:35 e 36)
O Alcorão Sagrado explica que para todas as coisas assim como para o Homem, que tem início no tempo, só há três possibilidades para a sua existência.
Três maneiras de explicar como isso apareceu:
1º- Aparecer a partir do nada;
2º- Ser criador de si próprio;
3º- Ter um criador fora de si próprio.
A terceira possibilidade não está mencionada no versículo acima citado, mas deduz-se, uma vez que o versículo foi dirigido, às pessoas que recusavam, a existência do Criador, e diz-lhes que se não, existe um Criador então só restam aquelas duas possibilidades.
1º- Ter sido criado do nada, isto é, ter aparecido sozinho ou ser criador de si próprio... É inconcebível algo aparecer a partir do nada.
Achamos oportuno mencionar aqui um debate ocorrido entre o Imam Abu Hanifa o um ateu que dizia que tudo apareceu sozinho.
O tópico do debate era ‘’provar a existência do Criador’’.
Marcada a hora é o local, muita gente se juntou para assistir o debate. O ateu apareceu à hora marcada, porém o Imam atrasou-se. O ateu furioso com a demora do Imam quis saber qual tinha sido o motivo do atraso. O Imam justificou-se dizendo: Eu vivo na outra margem do rio. Estava lá a espera do transporte a fim de aqui chegar, contudo não apareceu nenhum. Entretanto para o meu espanto, vi árvores da margem do rio a cortarem-se sozinhas e a transformarem-se em barrotes que se juntaram sozinhos e pregos apareceram a pregarem-se sozinhos nos barrotes transformando-se num barco.
Em tão pouco tempo o barco estava pronto e sozinho começou a movimentar-se na minha direção, tendo parado à minha frente. Entrei nele, sem ninguém o pilotar começou a andar, até que cheguei a este lado do rio e só assim foi possível eu chegar até aqui.
O ateu, furioso disse: Vens atrasado e ainda, contas historias que nem urna criança aceita, como é que os barrotes sozinhos transformaram-se em barco? Isso é uma loucura, é impossível!
O Imam retorquiu: Ora se isso é impossível como é que este Universo tão grande, com toda a sua perfeição, sozinhos, sem que ninguém o causasse, tornou-se num Universo? Assim, o nosso debate já terminou.
Tijolos, cimento e água não podem juntar-se sozinhos transformando-se em casa e nenhuma outra coisa no mundo pode transformar-se naquilo que ela é sozinha. Tem de haver alguém para o fazer. Como é que este mundo e nós todos aparecemos sozinhos? Isto não tem lógica.
2º- É ainda mais inconcebível que seja criador de si próprio. Se a pessoa fosse criadora de si própria, teria opção na escolha do seu sexo, cor, estatura, etc... Mas é sabido que isso não está no seu poder e mesmo agora, depois de criado não tem poder criativo sobre si próprio, por exemplo: A função do seu sistema digestivo, coração os órgãos todos, não estão no seu poder, não pode evitar a queda dos cabelos, dentes, velhice, fraqueza e a morte, etc...
Portanto a única conclusão é que deve haver um Criador. E, esse Criador é Deus, que cria e controla tudo.
Uma vez provado que tudo foi criado por Deus, a Ele temos que adorar exclusivamente e somente a Ele servir e é isso que se chama Tauhid.

At-Tauhid: Crença na Unicidade de Deus

‘’Dize: Ele é Deus, o Único! Deus! O Absoluto! Jamais gerou ou foi gerado! E ninguém é comparável a Ele!’’ (Alcorão Sagrado 112: 1 ao 4)

Nos termos da Chari'ah, Tauhid significa crer no seu íntimo na unicidade de Deus, na Sua pessoa (Zát) e nos Seus Atributos (Sifa'ts) sendo necessário declarar verbalmente o Kalimah de Tauhid. A crença no Tauhid é lógica e natural, pois se houvesse outros deuses, ou parceiros de Deus nos Seus Atributos, haveria então uma grande confusão e desordem no universo. Pois, dois reis não podem governar simultaneamente no mesmo reino, Deus diz no Alcorão Sagrado:

‘’Se houvesse nos céus e na terra outras divindades além de Deus, (ambos) já se teriam desordenado. Glorificado seja Deus, Senhor do Trono, de tudo quanto Lhe atribuem!’’ (Alcorão Sagrado 21:22)

Se existissem dois deuses, as, confusões, diferenças e conflitos seriam, inevitáveis, isto é, um poderia desejar manter uma pessoa viva e o outro desejasse matá-lo e obviamente a pessoa não poderia estar ao mesmo tempo viva e morta. Assim sendo, se a pessoa morresse, o deus que lhe queria dar vida perderia, se ela vivesse, o deus que lhe quer matar perderia, e perder é sinal de impotência, e um impotente não pode ser Deus.

Deus está livre de todas as fraquezas e defeitos. A Sociedade (associação) é uma grande fraqueza especialmente nos assuntos relacionados com governo. Deus é o Criador e tem o total controle e poder acima da criatura.

Portanto, para ser Muçulmano é necessário acreditar na unicidade de Deus, sendo Ele o Único, o Criador, o Sustentador e o Nutridor, isso se chama; Tauhid Ar-Rubu-Bíyah.

Contudo, isso não é suficiente para fazer de alguém muçulmano, porque no tempo do Profeta Muhammad (SWAS), embora a maioria fosse ateu, havia pessoas que acreditavam em Deus como Único Criador e Nutridor, mas, isto não fez com que eles fossem considerados Muçulmanos.

Por isso, que como no, Tauhid Ar-Rubu-Biyah, deve também se acreditar no; Tauhid-Al-Uluhiya, isto é, aceitar o fato de que só Deus merece ser adorado, e evitar sob qualquer forma associar a Ele, outros na adoração.

No Alcorão Sagrado o argumento de Tauhid-AI-Uluhiya está baseado no Tauhid-Ar-Rubu-Biyah.
Portanto se é Deus que cria e controla tudo, então porque é que os humanos adoram outros fora Dele?
Diz Deus no Alcorão Sagrado:

‘’Ó humanos, adorai o vosso Senhor, Que vos criou, bem como aos vossos antepassados, quiçá assim tornar-vos-íeis virtuosos. Ele fez-vos da terra um leito, e do céu um teto, e envia do céu a água, com a qual faz brotar os frutos para o vosso sustento. Não atribuais rivais a Deus, conscientemente.’’ (Alcorão Sagrado 2:21 e 22)

Allah é o nome próprio e o mais correto do único ser Divino. Não tem nem plural nem feminino. Enquanto a palavra Deus tem plural e feminino. Allah é o nome semítico para Divino, assim como em qualquer língua existe um nome especifico para denominar esse Único ser que reside dentro de todos nós cuja presença sentimos.

Em Latim é Deus, em Inglês é God, em Persa é Khuda, em Hindi é Deva, em Grego Odeos, e assim sucessivamente, mas isto não significa que God é o Deus dos Ingleses, nem que Dieu é o Deus dos Franceses. Deus no Alcorão Sagrado ordena aos muçulmanos para dizerem aos outros:

‘’Cremos no que nos foi revelado, assim como no que vos foi revelado antes; nosso Deus e o vosso são Um e a Ele nos submetemos.’’ (Alcorão Sagrado 29:46)

A crença na unicidade e soberania de Deus liberta a pessoa de todos os medos e superstições ao tomá-la consciente da presença de Deus e das obrigações para com Ele. A crença num Deus exige que olhemos para toda a humanidade como uma única família, independentemente da sua cor, classe, raça ou território, sendo todos nós criaturas do mesmo Deus. O Islam rejeita a idéia da existência do Povo Escolhido, à base de raça, cor, classe ou território, fazendo da fé em Deus e as boas ações, o único caminho ao paraíso, estabelecendo assim uma relação direta com Deus, aberta a todos sem intermediários.

Para ser muçulmano basta confessar com sinceridade e convicção, o Kalimah:

Lá iláha illa-lah Muhammadu Rassulullah.

Não se deve dizer ‘’converteu-se’’ a respeito da pessoa que entrou no Islam, mas sim, reverteu-se, isto é, voltou às origens (à religião universal) porque o Profeta Muhammad (SWAS), disse:

‘’Toda a criança nasce muçulmana (submissa a Deus), porém os seus pais arrastam-na para a sua religião, fora do Islam.''

O Alcorão Sagrado também confirma isso. Mas quem deixa o Islam e entra em outra religião, esse sim pode-se dizer a seu respeito que se converteu, para tal religião, porque mudou a sua origem.

O Alcorão Sagrado denominou de Muçulmanos; os que se submeteram voluntariamente perante as ordens de Deus, por conseguinte devemos recusar sermos chamados por <<Maometanos>> ou <<Muhammadismo>>; um nome inventado pelos ocidentais para dar a entender aos menos esclarecidos que adoramos a Muhammad; ‘’Maomé’’ em semelhança a outras religiões as quais adotaram o nome de seus fundadores.

Os muçulmanos acreditam na unidade de Deus e consideram a divindade de Jesus (que a Paz esteja sobre ele), por parte de algumas pessoas uma reversão ao Politeísmo. O Alcorão Sagrado diz que Jesus (que a Paz esteja sobre ele), não era uma encarnação de Deus, mas sim seu Mensageiro e em semelhança a outros Profetas, um ser humano.

O Islam também rejeita a doutrina de que Jesus é filho de Deus, todos somos criaturas de Deus, A expressão <<Filho de Deus>> foi utilizada na Bíblia para outros Profetas e também para os crentes em geral, contudo não sabemos porquê os cristãos aplicam este termo na forma literal e, exclusiva somente para Jesus (que a Paz esteja sobre ele). Talvez porque o seu nascimento foi milagroso, sem um pai, se é esse o motivo, então Adão (que a Paz esteja sobre ele) também deveria ser considerado filho Deus, pois nasceu sem um pai e sem mãe.
Por exemplo, o Profeta Daud (David) (que a Paz esteja sobre ele), recebeu este título muito antes de Jesus(que a Paz esteja sobre ele):

‘’Divulgarei o decreto do Senhor. Ele disse-me: Tu és meu Filho, hoje mesmo te gerei.’’ (Salmos 2:7)

Da mesma forma, Israel e Salomão (que a Paz esteja sobre eles); foram chamados de Filho de Deus:

‘’Assim fala o Senhor: Meu filho primogênito é Israel’’ (Êxodo 4:22)

‘’’Será ele a construir uma Casa a meu nome. Ele será para mim um filho, e serei para ele um pai e firmarei para sempre o trono de sua realeza sobre Israel’’ ( I Crônicas 22:10)

Jesus (que a Paz esteja sobre ele) disse que todo o Homem piedoso era Filho de Deus.’Eu porém digo-vos. Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem. Fazendo assim, tornar-vos-eis Filhos do Vosso Pai que está nos céus.’’(Mateus 5:44 e 45)
E disse:

‘’Bem aventurados os pacificadores, porque serão chamados Filhos de Deus.’’ (Mateus 5:9)

O Islam rejeita o dogma do pecado original e da expiação que faz parte de algumas doutrinas para a salvação e considera toda a criança que nasce, pura sem pecados e inocente.

O Islam diz que o pecado não é herdado, é algo que cada ser humano adquire para si próprio ao praticar o que não devia. Raciocinando bem, seria de fato uma grande injustiça condenar toda a raça humana pelos pecados cometidos a milhares de anos, pelos primeiros Pais.

O Pecado é uma transgressão voluntária e consciente das leis de Deus ou das leis do bem e do mal. A sua responsabilidade recai somente sobre a pessoa que cometeu e, não sobre os seus filhos. Jesus (que a Paz esteja sobre ele) disse que o único caminho para a salvação era cumprir os mandamentos, como consta em Marcos:

‘’E Pondo-se a caminho, correu para elo, um homem o qual se ajoelhou diante dele e lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E Jesus lhe disse: Porque me chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus. Tu sabes os mandamentos: Não adulterarás, não matarás, não furtarás, não dirás falsos testemunhos, não defraudarás alguém; Honra a teu pai e a, tua mãe.’’ (Marcos 10:17 ao 19)

Portanto para entrar na vida eterna deve-se guardar os mandamentos.

Os Muçulmanos também não acreditam na trindade, isto é, três pessoas na divindade: Pai, Filho (Jesus) e Espírito Santo. Pois Jesus (que a Paz esteja sobre ele) nasceu de Maria, e a sua necessidade pela comida é bebida são indicações claras de que era humano e não Deus e nem filho de Deus. Ele era sim, um dos grandes mensageiros de Deus, os que acreditam na sua divindade são mushrik's porque atribuem parceiros a Deus, diz Deus no Alcorão Sagrado:

‘’São blasfemos aqueles que dizem: Deus é um da Trindade!, portanto não existe divindade alguma além do Deus Único.’’ Alcorão Sagrado 5:73)

Existem na Índia, no Iran, os Zoroastras (adoradores do fogo) (Majuss). A crença deles está em conflito direto com Tauhid, eles acreditam em um duplo poder, sendo um o Iazdan, o criador do bem e outro Ahraman, criador do mal. Eles acreditam que o trabalho de Iazdan é criar e o de Ahraman é destruir, o Alcorão Sagrado repudia esse tipo de crença e diz:

‘’Deus disse: Não adoreis a dois deuses - mas sim, há um Único Deus! – Temei, pois, a Mim somente! Seu é tudo quanto existe nos céus e na terra. Somente a Ele devemos obediência permanente.Temeríeis, acaso, alguém além de Deus?’’ (Alcorão Sagrado 16:51 ao 53)

Além destes há os Hindus, que não têm uma religião fixa, estão divididos em várias castas e milhares de seitas e não têm uma divindade fixa. Cada seita tem o seu deus, e algumas delas têm três deusas e outras ainda vários deuses e com formas diversificadas.

Islam advoga a doutrina do Monoteísmo puro propagado por todos os Profetas, inclusive por Jesus (que a Paz esteja sobre ele), assim como consta na Bíblia.

‘’E Jesus respondeu-lhe: O primeiro de todos os mandamentos é, ouve, Israel, o senhor, nosso Deus, é o Único Senhor’’(Marcos 12:21)

E consta:
‘’E Jesus lhe disse: Porque me chama Bom? Ninguém é Bom senão um que é Deus.’’ (Marcos 10:18)
E disse:
“Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele servirás.’’ (Mateus 4:10).

A doutrina da Trindade foi inventada pelos cristãos por volta de 300 anos após Jesus (que a Paz esteja sobre ele). Os quatro evangelhos canônicos não contêm nenhuma referência sobre isso, consta no ‘’The New Catholic Encyclopaedia (1967)’’. A formulação de um Deus em três pessoas não tinha sido solidamente estabelecida na vida Cristã e na sua profissão de fé, anterior ao fim do século quatro. Mas foi precisamente esta formulação que reclamou primeiro o título de ‘’O dogma Trinitário’’. Entre os padres apostólicos não havia nada, mesmo remotamente próximo, a tal mentalidade ou perspectivas. (Vol. 14 Pag. 295 Art.<< The Holy Trinity>>)

O Profeta Muhammad (SWAS), restabeleceu, purificou e propagou o Monoteísmo puro e natural. Os muçulmanos não acreditam, que qualquer Profeta em qualquer era; tivesse se
auto proclamado Deus, filho de Deus ou parceiro na divindade. A doutrina básica no Islam é o conceito da unicidade de Deus e é essa a característica distinta do Islam sendo esta a mais pura forma do Monoteísmo

Ash Shirk (Politeísmo)
Shirk, literalmente significa atribuir parceiro, Shirk é oposto ao Tauhid, e nos termos de Chari'ah quer dizer atribuir as qualidades exclusivas de Deus, a outros seres, mesmo se essa atribuição for feita a Profetas, Anjos, Santos, etc.
Assim o que pratica o Shirk é chamado Mushrik, Deus nunca vai perdoar o Mushrik. Ele diz no Alcorão Sagrado:

‘’Deus jamais perdoará a quem Lhe atribuir parceiros; porém, fora disso, perdoa a quem Lhe apraz. Quem atribuir parceiros a Deus cometerá um pecado ignominioso.’’ (Alcorão sagrado 4:48)

O Shirk é algo tão repudiável que o ser humano e nem qualquer outro animal consente para si próprio; por exemplo, um homem está pronto a perdoar todos os erros cometidos por sua mulher no que lhe diz respeito, porém, se ela
arranjar um outro homem e tratá-lo como marido, isto é, associando-o, de certo que ele (o marido) considerará aquilo, uma traição imperdoável, enquanto a relação entre marido e mulher é apenas de companheiros de vida.

Como pode Deus, cuja relação conosco é a de Criador para criatura, e de Senhor para servo, que nos dá a vida, a saúde, o sustento e tudo que temos, tolerar que seja associado a outros seres? Temos que Lhe ser fiéis e adorar somente a Ele. Algumas características de Shirk (politeísmo):

1º- Shirk no ser (na pessoa) (Shirk fiz-zát).
2º- Shirk nos atributos, (Shirk fis-sifát).

Atribuir as qualidades exclusivas de Deus a alguém, por exemplo, aos Profetas, Santos, Imam, Anjos, Imagens, etc...
Acreditar por exemplo que tais personagens detêm conhecimentos do oculto, sobre o passado, presente e futuro, ou o conhecimento deles é igual ao de Deus; ou ainda acreditar que o Profeta, imagem ou santo têm poder igual ao de Deus, ou que eles também podem dar a vida, a morte, realizar nossos desejos, satisfazerem às nossas necessidades e dar o sustento.
Pois se eles fossem poderosos, nenhum mal lhes teria atingido, porém sabemos que eles também sofreram, foram perseguidos, torturados, massacrados e finalmente tiveram que, deixar este mundo.

Ou acreditar que assim como Deus ouve tudo e vê tudo, eles também ouvem tudo e vêem todas as nossas ações, independentemente da distância a que se encontram. Deus é único Ser que merece ser adorado e não há ninguém
como Ele.

Ele está muito próximo da sua, criatura, e não precisa de intermediários, Ele cuida de todos, é Onipotente. Atribuir qualidades exclusivas de Deus, a qualquer pessoa é Shirk, portanto prestar cultos a imagens, a santos, nas campas, beijar as campas como sinal de adoração, colocar comidas nas campas, sacrificar animais em dedicação a santos, organizar festivais, peregrinações periódicas a feiras de santos, excursões anuais (aniversários dos santos) junto das campas, fazer promessas ou pedidos junto às campas dos santos e Profetas, pedir apoio a outros fora de Deus e acreditar que, essa pessoa por mais longe que esteja, tem o poder de socorrer, beneficiar ou prejudicar, jurar em nome de outros que não seja Deus, praticar, consultar e acreditar na bruxaria e curandeirismo, estes e mais outros atos semelhantes são considerados shirk.

O Profeta Muhammad (SWAS), disse:
‘’Não associe nada a Deus (não cometa Shirk) mesmo se, fores morto ou queimado.’’

E diz em um longo Hadith:
‘’Se pedires, peça a Deus, se, procurares ajuda, procure ajuda de Deus.’’
Al Kufr (Incredulidade)
Literalmente o Kufr significa cobrir, tapar, nos termos da Chari’ah o Kufr é oposto ao Imam, isto é: Não acreditar na existência de Deus ou nos Seus atributos ou rejeitar algo transmitido pelo Profeta Muhammad (SWAS), à humanidade.
Desrespeitar o Alcorão Sagrado e o Hadith, utilizar os símbolos distintos dos Káfir's como o uso de amuletos ou de brincos com cruz, prestar cultos a outro ser, fora Deus, desonrar o Profeta Muhammad (SWAS), rejeitar qualquer um dos livros Divinos, duvidar de algum dos artigos da fé, ou de algum dos Profetas, recusar o dia do Juízo Final, rejeitar algum dos ensinamentos autênticos indiscutíveis do Islam, rejeitar os ahadith do Profeta Muhammad (SWAS),), não aceitar que o Profeta Muhammad (SWAS), é o último Profeta, tudo isso é Kufr.
Desrespeitar, rir e fazer piadas dos ensinamentos da religião do Islam, tecer também é Kufr, perder a esperança da Misericórdia de Deus mesmo se estiver, submerso nos pecados, também é Kufr, o que prática o Kufr chama-se Káfir. Não há Salatul-Janaza (oração fúnebre) para os que renunciam o Din (religião do Islam) quando eles morrem.

CRENTE FIEL
Crente fiel é quem possui crenças autênticas e válidas, pratica boas ações o abstem-se dos pecado e se por acaso cometer algum pecado, imediatamente arrepende-se sinceramente, pedindo o perdão.
Pois as boas ações têm uma forte ligação com o Iman (Fé) e são vitais para o seu desenvolvimento e perfeição. Elas são provas da existência de Iman e não tem lógica a pessoa dizer que tem Iman em Deus, entretanto não adora a Deus nem pratica boas ações que confirmam a sua fé em Deus.
Na verdade esse que reconhece a existência e a unicidade de Deus o recusa se submeter às ordens de Deus não é considerado crente como foi o caso de Ibliss (Shaitan) (Lúcifer; Satã) que reconhecia a existência de um Único Deus, a acreditava inclusive no dia do julgamento e na vida após a morte, contudo quando recusou-se a prestar reverência perante Adam Alaihi Salam (Adão, que a Paz esteja sobre ele), segundo as ordens de Deus, foi declarado Káfir e condenado eternamente.
Não lhe servindo de nada a sua simples crença em Deus e no dia do Juízo Final. Portanto o Imam deve ser acompanhado com boas ações e é por isso mesmo que os versículos do Alcorão Sagrado, relacionados ao Imam falam-nos simultaneamente da prática das boas ações.
O que crê, pratica boas ações e abstem-se dos pecados, é crente fiel esse entrará no Jannat (Paraíso) onde permanecerá eternamente. Eis aqui alguns dos pecados grandes entre outros que devem ser evitados a todo o custo.
Assassinar, cometer adultério, acusar falsamente alguém, consumir a riqueza dos órfãos; consumir, trocar, fazer publicidade e vender intoxicantes, mesmo a não muçulmanos, comer, comprar ou vender carne de porco mesmo ao não muçulmano; praticar ou proporcionar jogos de azar, negócios de juros, reduzir a medida e o peso, feitiçaria, curandeirismo, bruxaria, desobedecer aos pais, dar testemunho falso ou esconder o testemunho, roubar, trair a confiança, não cumprir promessa, subornar, cortar relações familiares, criar intrigas, exibir a nudez.
No Islam quem comete um pecado deve pedir o Taubah (perdão) sincero a Deus. A aceitação do Taubah depende de três condições:
1. Reconhecer o pecado cometido;
2. Ficar com remorsos por ter cometido o pecado;
3. Ter firme intenção de não repetir o mesmo pecado.
Se alguém se arrepender sinceramente, os seus pecados serão perdoados por Deus, porque Ele é indulgente, conforme o versículo do Alcorão Sagrado:
‘’A absolvição de Deus recai tão-somente sobre aqueles que cometem um mal, por ignorância, e logo se arrependem. A esses, Deus absolve, porque é Sapiente, Prudentíssimo.’’ (Alcorão Sagrado 4:17)
Isto é nos pecados que não envolvem direitos de outras pessoas, pois se estiver em causa o direito do alguém então é necessário antes lhe pedir perdão se lhe tiver arrancado algo devolver-lhe, e só depois é que Deus vai perdoar.
Deus aceita o arrependimento dos seus servos a qualquer momento exceto quando o servo estiver na agonia, quando o anjo dá morte já tiver chegado para lhe tirar a alma.
Consta no Hadith do Profeta Muhammad (SWAS),) que quando a pessoa comete um pecado forma-se uma mancha negra no seu coração. Se fizer arrepender-se a mancha desaparece. Mas se continuar a pecar sem pedir o perdão de Deus, as manchas vão acumulando-se. Eventualmente todo o coração fica coberto de manchas negras, altura em que nenhum bom conselho tem efeito nessa pessoa. (Mussnad Ahmad e At-Tirmizi.)

CRENTE INFIEL
O crente infiel é o que comete grandes e pequenos pecados e morre sem pedir perdão, a tais crentes, Deus poderá perdoar se quiser ou dar o seu justo castigo, mas finalmente entrarão no paraíso. É tal como a criança que se põe a brincar na sujeira contra as ordens dos pais, à tarde quando chega a casa, antes de tudo é levada para um banho para ser purificada, e só depois lhe é permitida entrar no quarto ou na sala.

O NIFÁQ (Hipocrisia)
Nifáq é sinônimo de hipocrisia e quem possui esta qualidade chama-se munáfiq. Munáfiq nos termos de Chari’ah é aquele que declara a fé verbalmente, mas no íntimo oculta a descrença, isto é, contradição do exterior com o íntimo; declara uma coisa enquanto nó íntimo tem outra.

Hipocrisia Na Crença
Os munáfiqun vivem com os muçulmanos fingindo serem também muçulmanos, porém distinguem-se logo no momento da verdade e de sacrifício. O Alcorão Sagrado diz que são munáfiqun (hipócritas na prática) todos aqueles que fazem pouco caso das leis da Chari’ah, fomentam o mal e a imoralidade na sociedade, bloqueiam e dificultam as ações de bem, mentem e, quando praticam boas ações (oração, caridade etc.) é só para se mostrarem.
Juntam-se aos muçulmanos por causa de algum interesse material e, no entanto ficam sempre a incomodar-lhes como os Káfirs.
O Profeta Muhammad (SWAS), disse:
‘’As piores pessoas são as que têm duas faces, vêm ter a uns com uma face e a outros com outra.’’ (Relatado por Al-Bukhári e Muslim.)
Esses serão também ressuscitados com duas faces. O Profeta Muhammad (SWAS), deu-nos inclusive mais alguns sinais da hipocrisia (na prática); que são: quando fala mente, quando promete não cumpre, quando alguém lhe confia algo para guardar, trai-o. (não devolve ao dono na íntegra ou parcialmente), e quando discute insulta.
Em todas as eras existiram munafiqs, eram muitos os munafiqs que, em Madina, entraram aparentemente no Islam e ocultavam no íntimo o ódio e a descrença; o seu líder era o Abdallah Bin Ubai bin Salul.
O Profeta Muhammad (SWAS), foi informado por Deus sobre alguns hipócritas em Madina.
O Alcorão Sagrado condena fortemente a hipocrisia e os hipócritas, conferindo-lhes um estatuto desprezível. Há muitos ayats (versículos) sobre os munafiqs, havendo um surata (capítulo) completo como nome de Al-Munafiqun, falando sobre os hipócritas e suas qualidades:
‘’Os hipócritas ocuparão o ínfimo piso do inferno e jamais lhes encontrarás socorredor algum. Salvo aqueles que se arrependerem, se emendarem, se apegarem a Deus e consagrarem a sua religião a Ele; estes contar-se-ão, assim, entre os fiéis, e Deus lhes concederá uma magnífica recompensa.’’ (Alcorão Sagrado 4:145 e 146)
Assim perante Deus só há três tipos de pessoas:
1. Crente (Mumin).
2. Descrente (Kafir).
3. Hipócrita (Munáfiq).

Al Bidah (Inovação na Religião de Deus)
Bidah quer dizer inovação na Chari’ah, portanto, inovar é adicionar no Din (religião) práticas não referidas no Alcorão ou no Hadith; atos que não foram praticados pelo Profeta Muhammad (SWAS), nem pelos Sahabas (companheiros do Profeta).
A Bidah é rigorosamente repudiada a ponto do Profeta Muhammad (SWAS), dizer:
‘’Quem honrar o praticante de Bidah está a ajudar na destruição dos fundamentos do Din.’’ (Relatado por Al-Bai-Haqui).
E disse:
‘’Deus não aceita o jejum, o Salat, a caridade, o Haj, o Umra e os rituais obrigatórios e facultativos, realizados pelo praticante de Bidah, elo está fora do Islam.’’ (Relatado por lbn Maja).
E diz:
‘’Deus fechou a porta do Taubah para todo o praticante de Bidah.’’ (Relatado por Al-Tabarani). (Pois esse, nunca se sente culpado).
Depois do shirk e Kufr, o bidah é o maior pecado no Islam, Se o bidah fosse permitido, alteraria e desfiguraria o Din de tal modo que nem se reconheceria o verdadeiro Din deixado pelo Profeta Muhammad (SWAS), e implicaria certamente um consentimento de que o Profeta Muhammad (SWAS),) não cumpriu a sua missão ou que há certos atos bons que ele não conhecia e nós é que os descobrimos.
O Profeta Muhammad (SWAS), disse:
‘’Quem introduzir algo novo neste Din, será rejeitado.’’ (Relatado por Al-Bukhári e Al-Muslim).
E disse:
‘’ Todo o ato de bidah é desvio (erro) e todo o ato de desvio estará no fogo.’’ (Relatado por Abu Daud e At-Tirmizi)
O Profeta Muhammad (SWAS),) disse:
‘’Eu deixo convosco duas coisas, se vocês assegurarem-nas bem, nunca vos extraviareis; O Livro de Deus (Alcorão) e a minha Sunnah.’’
E Deus também diz no Alcorão Sagrado:
‘’Hoje, completei a religião para vós; tenho-vos agraciado generosamente, e vos aponto o Islam por religião.’’ (Alcorão Sagrado 5:3)
À luz deste ayat e hadith, ninguém tem o direito de introduzir seja o que for no Din, considerando-o sua parte integrante. Pois, o Din que nos deixou o Profeta Muhammad (SWAS), está completo e não precisa de adições nem de remendos.

Crença Na Existência de Maláika (Anjos)
As criaturas de Deus não estão limitadas, a nós e ao mundo visível, há muitas outras criaturas invisíveis que não podem ser descobertas através de testes científicos ou experiências, como é o de anjos, e gênios, e não há nada do que estranhar nisso. A alma, por exemplo, é invisível, no entanto sentimos a sua existência, pois, quando ela está no corpo somos vivos e quando se separa a vida neste mundo acaba; e ninguém recusa a este fato.
Faz parte importante do Imam, acreditar na existência dos Anjos, uma das criaturas celestiais invisíveis. Todos os livros divinos e os Profetas informaram os seus seguidores da existência dos Anjos. Estes são seres de natureza diferente a dos humanos.
Enquanto ser Humano foi criado de barro, eles foram criados a partir da Nur (Luz) razão pela qual, os seres humanos exceto os Profetas não podem vê-los na sua natureza ou forma original. Porém, podem ser vistos se tomarem uma forma física; por isso, o nosso conhecimento quanto a sua natureza, atributos e qualidades é totalmente baseado naquilo que Deus e o seu Mensageiro disseram.
Eles foram criados antes do ser humano, não têm inclinação para nenhuma maldade, desejo carnal, como: comer, beber, dormir, necessidades fisiológicas, etc...
Estão constantemente engajados no cumprimento e execução das ordens de Deus, nunca o desobedecem; atuam absolutamente de acordo com as ordens de Deus, sem nada alterar, aumentar ou diminuir. Porém o ser humano tem duas faculdades; as de livremente poder praticar o bem e o mal. Assim como diz o Alcorão Sagrado:
‘’Pela terra e por Quem a dilatou, Pela alma e por Quem à aperfeiçoou, e lhe imprimiu o discernimento entre o que é certo e o que é errado, que será venturoso quem a purificar (a alma), e desventurado quem a corromper.’’ (Alcorão Sagrado 91: 6 ao 10)
Os anjos com a permissão de Deus podem tomar qualquer forma, por exemplo, vieram na forma humana perante Maria quando ela deu à luz Issa Alaihi Salam (Jesus, que a Paz esteja sobre ele), e vieram também perante o Profeta Ibrahim Alaihi Salam (Abraão, que a Paz esteja sobre ele), de passagem, quando estavam a caminho de Sodoma e Gomorra para destruir o povo de Lut Alaihi Salam, (Lot, que a Paz esteja sobre ele)
Muitas vezes o anjo Gabriel aparecia perante o Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele) na forma humana. Eles não são masculinos nem femininos, são inumeráveis. Só Deus conhece a sua quantidade.
‘’Ninguém conhece os exércitos do teu Senhor senão Ele.’’ (Alcorão Sagrado 74:31)
Uns têm duas asas, outros três e outros ainda quatro pares de asas; como consta no Alcorão Sagrado:
‘’Louvado seja Deus, Criador dos céus e da terra, Que fez dos anjos mensageiros, dotados de dois, três ou quatro pares de asas; aumenta a criação conforme Lhe apraz, porque Deus é Onipotente.’’ (Alcorão Sagrado 35:1)
E por serem extremamente fortes são capazes de executar ações que exigem muita força e capacidade, os Anjos tem várias missões, alguns estão permanentemente na adoração, uns prostrados outros glorificando e louvando a Deus.
Eles desempenham um papel importante na origem de certos acontecimentos que aparentemente, parecem-nos fenômenos puramente naturais, como o vento, a chuva e a morte, conforme consta no Alcorão Sagrado:
‘’Arranjadores (para a execução) das ordens (do seu Senhor)!’’ (Alcorão Sagrado 79:5)
Entre os Anjos há quatro que se distinguem dos demais, pelo elevado grau que ocupam;
1º- Jibrail (Alaihi Salam) Anjo Gabriel, que trazia as leis de Deus (revelação Divina) aos seus Profetas, foi também enviado para aniquilar e castigar os desobedientes e inimigos de Deus, o título que lhe foi dado é o de Ruh Al Quddus (O Espírito Santificado).
2º- Mikail (Alaihi Salam) o Anjo Miguel, foi incumbido para controlar as chuvas, prover comida e subsistência às criaturas de deus, sob suas ordens estão vários Anjos, uns no controle das nuvens, dos ventos, outros dos rios, lagos, canais, e todos eles atuam segundo as ordens de Deus.
3º- Israfil (Alaihi Salam) Anjo Rafael, cuja missão será a de fazer soar a trombeta que causará a destruição do Universo e assinalará o evento do Juízo Final, e depois será incumbido de soar pela segunda vez a trombeta, quando todas as criaturas se levantaram de suas tumbas para o ajuste de contas perante Deus, por aquilo que fizeram de bem ou de mal aqui neste mundo.
4º- Izrail (Alaihi Salam) o Anjo Rafael, também conhecido por Malakul Mauti, o anjo da morte, o seu trabalho é tirar a vida das criaturas há um tempo infalível, fixo e determinado por Deus. Rafael também tem muitos anjos a trabalharem sob sua supervisão, uns que tiram a alma dos bons e outros que tiram alma dos maus.
Há um grupo de anjos Chamados Kiráman Kátibin, dai dois anjos acompanham constantemente, dia e noite, todo o indivíduo, cabendo a um registrar as suas boas ações e a outro as más, não lhes escapando absolutamente nada.
‘’Eis que dois (anjos da guarda) são apontados para anotarem (suas obras), um sentado à sua direita e outro à esquerda. Não pronunciará palavra alguma, sem que junto a ele seja presente uma sentinela pronta (para anotar).’’ (Alcorão Sagrado 50:17 e 18)
Há ainda outros que pela ordem de Deus acompanham constantemente a pessoa para lhe protegerem das calamidades, eles cuidam das crianças dos fracos, dos velhos e outros, a quem Deus deseja proteger, assim como diz o Alcorão Sagrado.
‘’Cada (de tais pessoas) tem (anjos) protetores. Escoltam-no em turnos sucessivos, por ordem de Deus. Ele jamais mudará as condições que concedeu a um povo, a menos que este mude o que tem em seu íntimo. E quando Deus quer castigar um povo, ninguém pode impedi-Lo e não tem, em vez d’Ele, protetor algum.’’ (Alcorão Sagrado 13:11)
Só separam-se de nós quando despirmo-nos para fazer as necessidades naturais; e há também anjos para orarem pelos crentes, como diz o Alcorão Sagrado:
‘’Os (anjos) que carregam o Trono de Deus, e aqueles que o circundam, celebram os louvores do seu Senhor; crêem n’Ele e imploram-Lhe o perdão para os fiéis, (dizendo): Ó Senhor nosso, Tu, Que envolves tudo com a tua misericórdia e a Tua ciência, perdoa os arrependidos que seguem Tua senda, e preserva-os do suplício da fogueira!’’ (Alcorão Sagrado 40:7)
Entre os anjos há os chamados Munkar e Nakir cuja missão é junto aos mortos, a quem individualmente fazem as três seguintes perguntas:
1. Quem é o teu Senhor?
2. Qual a tua religião?
3. Quem é o Profeta enviado para vós? (Alusão ao Profeta Muhammad (saws)
O trabalho de outros tantos é apenas o de percorrer a terra para participarem em locais tais como:
1º- Onde se está a fazer a recordação de Deus e a ser recitado o Alcorão Sagrado;
2º- Onde se está a falar, e a ensinar o Din.
Também, desempenham um importante papel de ajuda aos crentes, lutando ao seu lado nas guerras.
‘’Tivestes um exemplo nos dois grupos que se enfrentaram: um combatia pela causa de Deus e outro, incrédulo, via com os seus próprios olhos o (grupo) fiel, duas vezes mais numeroso do que na realidade o era; Deus reforça, com Seu socorro, quem Lhe apraz. Nisso há uma lição para os que têm olhos para ver.’’ (Alcorão Sagrado 3:13)
Os anjos ocupados com missões aqui na terra trabalham num sistema de turnos, revezando-se na hora do Al-Assr e na de Al Fajr para a apresentação dos registros efetuados durante os respectivos períodos de trabalho.
Além terra os Anjos também se distribuem em várias outras tarefas, encontrando-se uns ao serviço no Paraíso, outros no Inferno, e outros ainda a sustentar o trono de Deus, conforme consta no Alcorão Sagrado e no Hadith do Profeta Muhammad (que a Paz e Bênção de Deus estejam sobre ele).
Por terem sido criados a base da Luz, os Anjos são criaturas puras, sem pecados e extremamente velozes na sua locomoção, não obstante a sua constituição, as suas capacidades, as suas características específicas e o seu grande envolvimento nos fenômenos da natureza, a terra e fora dela, em tanto que espécie, o Anjo é inferior ao ser humano, o que esta simbolizado no fato de, após a criação Adam Alaihi Salam, (Adão que a Paz esteja sobre ele), os Anjos terem sido ordenados a prestarem reverência perante ele, como sinal de saudação e respeito, conforme relata o Alcorão Sagrado.

CRENÇA NOS LIVROS DIVINOS
Deus enviou Profetas para nos guiarem e com eles enviou vários livros com ensinamentos para servirem de guia para a humanidade, para que desta maneira possa obter êxito e total harmonia aqui na terra, assim como no outro mundo, e como adorar a Deus corretamente.
Portanto a conseqüência lógica de se acreditar nos profetas é a crença nos Livros a eles revelados, isto porque na essência, a mensagem é a mesma, a de submissão a Deus.
Crer em todos eles é uma obrigação que foi ordenada por Deus aos muçulmanos no Alcorão Sagrado e também nos hadith do Profeta Muhammad (saws) do contrário a pessoa não pode ser um muçulmano, porque todas as religiões reveladas, na essência e na fundação básica são as mesmas; a religião da submissão a Deus.
De entre os Livros Divinos revelados além do Alcorão Sagrado, outros quatros foram mencionados pelo seu nome:
1º- Os Pergaminhos ou Brochuras do Profeta Abraão Alaihi Salam ‘’Suhufi Ibrahim’’, que já não existem mais;
‘’Em verdade, isto se acha nos Livros primitivos, nos Livros de Abraão e de Moisés.’’ (Alcorão Sagrado 87:18-19)
2º- A Torah (Taurat) Antigo Testamento revelado ao profeta Mussa (Moisés) para guiar os Israelitas e a respeito do qual Deus diz:
‘’Revelamos a Tora, que encerra Orientação e Luz’’ (Alcorão Sagrado 5:44)
3º- O Zabur (Salmos) revelado ao Profeta Daud (David) também para os filhos de Israel e a respeito do qual Deus diz:
‘’... e concedemos os Salmos a Davi.’’ (Alcorão Sagrado 4:163)
4º- O Injil (Evangelho) revelado ao Profeta Issa (Jesus) também para servir de orientação para os filhos da casa de Israel;
‘’E depois deles (profetas), enviamos Jesus, filho de Maria, corroborando a Tora que o precedeu; e lhe concedemos o Evangelho.’’ (Alcorão Sagrado 5:46)
5º- O último foi o Al Qur’an (O Corão) conhecido na língua portuguesa por Alcorão, revelado ao último Mensageiro de Deus; Muhammad (saws) e é a última mensagem de Deus para toda a humanidade.
‘’Em verdade, temos-te revelado o Livro, para (instruíres) os humanos.’’ (Alcorão Sagrado 39:41)
‘’Certamente, não é mais do que uma mensagem, para o universo. Para quem de vós se quiser encaminhar.’’ (Alcorão Sagrado 81:27 e 28)
O Alcorão Sagrado fala-nos dos Livros Divinos anteriormente revelados e testemunha que era uma verdadeira fonte e guia para as pessoas, porém, informa-nos também que com o passar do tempo já foram adulterados e misturados com as palavras de autoria humana, perdendo assim a sua autenticidade.
Por isso já não se pode dizer que seja autênticos e, por conseguinte; não se deve acreditar que estejam na sua forma original em que foram revelados, fatos que historicamente também estão provados.
O Profeta Muhammad (saws) disse para não confirmar e nem rejeitar o conteúdo atual destes livros, pois neles há coisas que ainda condizem com o Alcorão Sagrado, e o Alcorão é o critério.
O Alcorão Sagrado está dividido em 30 partes e em 114 suratas, dentre estes, 92 foram revelados antes da Hégira, e são chamados de Makkiyah, por terem sido revelados ao Profeta na cidade de Makkah, e 22 revelados depois da Hégira e são chamados de Madiniyah, pois foram revelados ao profeta na cidade de Madina.
A primeira revelação do Alcorão Sagrado ao Profeta foi feita no mês de Ramadan na noite de Al Qadr (Lailatul Qadr), e duraram 23 anos lunares, o Profeta Muhammad (saws) nasceu em Makkah, na Arábia no ano 570 (d.c), e desde de sua juventude gostava de adorar e recordar-se de Deus, para isso costumava deslocar-se já preparado com provisões até a caverna de Hirá a fim de meditar sobre a grandeza de Deus, em solidão e na maior concentração, ali passava vários dias enquanto durasse sua provisão, e quando acaba regressava a casa para reabastecer sua provisão e novamente voltava apara sua meditação na caverna de Hirá.
Os primeiros versículos revelados ao Profeta Muhammad (saws) os cinco primeiros versículos da Surata Al Alaq, quando atingiu a idade de 40 anos, enquanto estava em sua meditação contemplativa sobre Deus, na caverna de Hira; lhe apareceu o Anjo Gabriel, e disse ao Profeta: ‘’Lê’’, Muhammad (saws) era analfabeto e respondeu ao Anjo: ‘’ Eu não sei ler’’. Então ele que o Anjo o abraçou e o apertou com tanta força que ele se sentia incapaz de suportar aquela pressão e, então ouviu outra vez a ordem do Anjo: ‘’Lê’’; Muhammad (saws) ); respondeu: ‘’ Eu não sei ler’’, então novamente o Anjo o abraçou fortemente, e repetiu pela terceira vez: ‘’Lê’’; e Muhammad (saws) perguntou o que devo ler, o Anjo disse:
1. Lê, em nome do teu Senhor Que criou;
2. Criou o homem de algo que se agarra.
3. Lê, que o teu Senhor é Generosíssimo,
4. Que ensinou através do cálamo,
5. Ensinou ao homem o que este não sabia. (Alcorão sagrado 96: 1 ao 5)
Desde o tempo de Muhammad (saws) desde de que o Alcorão foi revelado, foi sendo transmitindo e memorizado na sua forma original, por milhões de pessoas, por isso logicamente é impossível a qualquer pessoa recusar sua autenticidade, porque é lido, recitado, memorizado e escrito continuamente por milhões de pessoas em todo o mundo.
O texto original e completo do Alcorão em árabe, língua em que foi revelado, encontra-se disponível e já foi traduzido em quase todas as línguas do mundo, é o milagre vivo de Muhammad (saws) o Alcorão Sagrado rege a vida do muçulmano desde o berço até a sepultura.
Há cópias do Alcorão, conservadas no museu de Tashkent e em Istambul, escritas alguns anos logo depois do Profeta Muhammad (saws) ); e na língua original, e que são idênticos às cópias do dias de hoje, e isto, é um fator histórico de autenticidade do Alcorão Sagrado.
Os teólogos registraram inclusive quantas palavras e letras há no Alcorão, pois Deus é quem o revelou e é Ele que tomou a responsabilidade de o conservar. Deus desafiou a todos que duvidam de sua origem Divina para produzirem algo semelhante ao Alcorão.

CRENÇA NOS PROFETAS
Rassul é o singular de Russul palavra derivada de Rissalah que significa mensagem, quem transmite a mensagem é chamado Rassul, Nabi é o singular de Ambiya, que vem de Nabuwat que é derivada de Naba que significa ‘’noticia importante’’.
Nos termos da Chari'ah quer dizer noticia importante que deus revelou aos Seus servos favorecidos para eles transmitirem às pessoas, estes servos chamam-se Ambiya.
Russul e Ambiya (plural de Rassul e Nabi) são seres humanos e servos piedoso de Deus, escolhidos por Deus para transmitir as Suas palavras, explicarem as pessoas porque é que existem para onde irão após a morte, para conduzirem a humanidade ao caminho da salvação a fim de viver em harmonia e paz aqui neste mundo e no outro.
Eles são seres humanos, possuem todas as tendências e qualidades humanas, pois só assim serviriam de modelo para nós, o número exato dos Profetas e Mensageiros, só Deus é quem sabe.
O Islam ordena aos muçulmanos, para crerem em todos os Enviados de Deus sem qualquer discriminação; afirmamos a nossa fé na piedade e veracidade deles. É inútil e sem nenhum beneficio acreditar sé em deus e não nos seus Mensageiros, tal o homem não pode ser considerado muçulmano e, por conseguinte não terá salvação, todos os Ambiyia e Russul são verdadeiros, e seres devotados a Deus.
Deus protegeu-os da prática do pecado, portanto devemos acreditar na sua inocência, pois é, a razão pela qual Deus nos ordena tê-los como modelo exemplar a ser seguido. Apesar da grande diferença espiritual, moral e intelectual entre eles e nós, e apesar da sua relação especial com Deus, eles sempre foram seres humanos, servos de Deus, pois procriam e são procriados, eles comem, bebem e andam pelas praças, eles dormem e morrem.
‘’Antes de ti jamais enviamos mensageiros que não comessem os mesmo alimentos e caminhassem pelas ruas, e fizemos alguns, dentre vós, tentarem os outros. Acaso (ó fiéis), sereis perseverantes? Eis que o teu Senhor é Onividente.’’ (Alcorão Sagrado 25:20)
‘’Jamais concedemos a imortalidade a ser humano algum anterior a ti. Porventura, se tu morresses, seriam eles imortais?’’ (Alcorão Sagrado 21:34)
A missão deles foi apenas a de transmitir as pessoas à palavra de Deus, e nem são de forma alguma responsáveis pelas ações praticadas pelas pessoas, depois deles as terem transmitido claramente a mensagem.
Deus deu ao ser humano o poder de compreender a diferença entre a verdade e a falsidade e deu-lhe também a habilidade e inteligência para aceitar ou rejeitar a verdade por livre vontade.
Será nessa base que o Homem vai ser recompensado ou castigado, embora o Profeta Muhammad (saws) ) ardentemente desejasse, que todos no mundo aceitassem e aderissem a verdade adquirindo assim a salvação, contudo o Alcorão Sagrado; diz que isso não estava nas suas mãos, ele nem podia guiar a quem ele amasse.
O primeiro Profeta foi Adão e o último foi Muhammad (saws) Os Profetas antes de Muhammad (saws) eram enviados para uma comunidade definida.
Inclusivamente Jesus (que a Paz esteja sobre ele) foi enviado somente para os judeus (às ovelhas perdidas de Israel). Como consta na Bíblia.
‘’E ele respondendo disse: eu não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel.’’ (Mateus 15:24)
O Profeta Muhammad (saws) foi enviado para toda a humanidade, assim como Deus diz no Alcorão:
‘’Dize: Ó humanos, sou o Mensageiro de Deus, para todos vós; Seu é o reino dos céus e da terra. Não há mais divindades além d’Ele. Ele é Quem dá a vida e a morte! Crede, pois, em Deus e em Seu Mensageiro, o Profeta iletrado, que crê em Deus e nas Suas palavras; segui-o, para que vos encaminheis.’’ (Alcorão Sagrado 7:158)
‘’Bendito seja Aquele que revelou o Discernimento ao Seu servo – para que fosse um admoestador da humanidade, o Qual possui o reino dos céus e da terra. Não teve filho algum, nem tampouco teve parceiro algum no reinado. E criou todas as coisas, e deu-lhes a devida proporção. Não obstante, eles adoram, em vez d’Ele, divindades que nada podem criar, posto que elas mesmas foram criadas. E não podem prejudicar nem beneficiar a si mesmas, e não dispõem da morte, nem da vida, nem da ressurreição. ‘’ (Alcorão Sagrado 25 1 ao 3)
O Profeta Muhammad (saws) trouxe uma orientação completa o chegou numa altura em que a mensagem, verdadeira de Deus transmitida pelos Profetas que o antecederam estava alterada e esquecida.
Ele sofreu para que a verdade fosse conhecida, para o homem viver a vida de paz e obediência a Deus e conseguir a vitória na outra vida, após a morte. Ele veio como, uma benção para todos. O exemplo da sua vida é muito conhecido; e com muitos pormenores, e servirão para sempre de guia para a humanidade.
O Nubuwah e Rissalah são dádivas de Deus, Ele escolhe a quem Ele quer para esse grande cargo, não podem ser adquiridos através de esforço, devoção e nem de sacrifício de alguém.
‘’Deus escolhe os mensageiros, entre os anjos e entre os humanos, porque é Oniouvinte, Onividente.’’ (Alcorão Sagrado 22:75)
Deus nunca retira esse cargo depois de o ter atribuído a alguém, pois o Seu conhecimento é Eterno, a Ele nada está oculto, e Ele conhece o futuro, o presente e o passado de cada um de nós. Por isso não é possível alguém ser escolhido para esse cargo e depois mais tardo vir a revelar-se ineficiente o incapaz.
Deus realiza milagres, pelas mãos dos Profetas, para lhes servirem de apoio contra descrentes, o milagre realizado por um Profeta chama-se ‘’Mujizah’’, palavra derivada de ‘’Ijaz’’ que significa tornar alguém impotente, isto é, fora de poder de qualquer pessoa. Ao vê-lo uma pessoa fica convencida que é o fenômeno realizado através do poder Divino.
Assim Mujizah são atos que ninguém os pode realizar. Por exemplo, Jesus ressuscitou os mortos pela ordem de Deus, O fenômeno da abertura do Mar Vermelho, por Moisés foi outro milagre e o Profeta Muhammad (saws) o seu maior milagre, que será eterno; o Alcorão Sagrado, dentre muitos outros.
Cada Profeta teve o seu Mujizah para assim as pessoas os aceitassem como enviados de Deus, e o milagre realizado por um piedoso (Wali, plural Auliya) pela ordem de Deus chama-se Karámah. Wali é o muçulmano piedoso e justo, que evita o máximo possível o pecado e se por acaso comete algum pecado imediatamente volta-se para Deus e pede perdão com sinceridade.
O Wali tem um grande amor por Deus e Seu Mensageiro, é pontual e sincero na sua adoração a Deus. Contudo um piedoso ‘’Wali’’, por mais devoto que seja nunca poderá atingir o grau deu m Profeta e nem mesmo de um Sahabi, (companheiro do Profeta).
Se um ato sobrenatural (milagre) for demonstrado por um Káfir ou por um muçulmano malvado, cuja vida não está em conformidade ao Chari'ah e a Sunnah, é chamado Istidraj, que vem da parte de Shaytan (Satã) designada para confundir as pessoas. O critério através do qual as pessoas podem com toda a facilidade distinguir o Karámah do Istidraj é o Chari'ah.
Consta no Alcorão Sagrado que Deus enviou para cada nação um guia; Profeta. O número e os nomes de todos os Profetas, só Deus é que sabe, o Alcorão mencionou alguns, muitos deles inclusive mencionados na Bíblia.
Para se ser crente é obrigatório acreditar em todos eles; acreditar em alguns o rejeitar outros é considerado descrença. Nenhum dentre os Profetas é considerado Deus nem eles reivindicaram a divindade, pois todos eles foram seres criados, enviados como modelo para nós. O Alcorão menciona os nomes de alguns destes Profetas:
1-Adam (Adão);
2-Idris (Enoc);
3-Nuh (Noé);
4- Hud (Heber);
5- Salih (Saleh);
6- Ibrahim (Abraão);
7- Lut (Lot);
8- Ismail (Ismael);
9- Ishaq (Isaac);
10- Yaqub (Jacó);
11- Yussif (José);
12- Xuaib (Jetro);
13- Ayiub (Jó);
14-Zul-Kafil (Ezequiel);
15-Mussa (Moisés);
16-Harun (Araão);
17-Daud (Davi);
18-Sulaiman (Salomão);
19-Ilias (Elias);
20-Aliassa (Eliseu);
21-Yunus (Jonas);
22-Zakaria (Zacarias);
23-Yáhia (João Batista);
24- Issa (Jesus);
25-Muhammad.
Citaremos alguns versículos em que eles são mencionados:
"Tal foi o Nosso argumento, que proporcionamos a Abraão (para usarmos) contra seu povo, porque Nós elevamos a dignidade de quem Nos apraz. Teu Senhor (Ó Muhammad) é Prudente, Sapientíssimo. Agraciamo-lo com Isaac e Jacó, que iluminamos, como havíamos iluminado anteriormente Noé e sua descendência, Davi e Salomão, Jó e José, Moisés e Aarão. Assim, recompensamos os benfeitores. E Zacarias, Yáhia(João), Jesus e Elias, pois todos eles se contavam entre os virtuosos. E Ismael, Eliseu, Jonas e Lot, cada um dos quais preferimos sobre os seus contemporâneos." (Alcorão Sagrado 6:83 ao 86)
"Sem dúvida que Deus preferiu Adão, Noé, a família de Abraão e a de Imran, aos seus contemporâneos." (Alcorão Sagrado 3:33)
"E enviamos ao povo de Ad seu irmão Hud..." (Alcorão Sagrado 11:50)
"E (recorda-te) de Ismael, de Idris (Enoc) e de Dulkifl…" (Alcorão Sagrado 21:85)
"E ao povo de Samud enviamos seu irmão Sáleh ..." (Alcorão Sagrado 11:61)
"E enviamos ao povo de Madian seu irmão Xuaib (Jetro)..." (Alcorão Sagrado 11:84)
Destes, alguns profetas como Idris e Ezequiel, o Alcorão limita-se a mencionar os seus nomes. De outros, como Ismael, Isaac e Jonas, relata-se um resumo de sua história. Entre eles, há também aqueles cuja história veio detalhada, como ocorre com Abraão, Moisés, José e Jesus; sendo que o último foi Muhammad (saws)
Inspiramos-te (Muhammad), assim como inspiramos Noé e os profetas que o sucederam: ..." (Alcorão Sagrado 4:163)
"Em verdade, Muhammad não é o pai de nenhum de vossos homens, mas sim o Mensageiro de Deus e o postermo dos profetas; sabei que Deus é Onisciente." (Alcorão Sagrado 33:40)
Aparece nos ditos do profeta, que o número total de profetas enviados para os diferentes povos, em épocas diversas, é de 124.000 e o Alcorão nos relata que Deus nos informou os nomes de alguns deles apenas:
"E enviamos alguns mensageiros, que te mencionamos, e outros, que não te mencionamos; e Deus falou a Moisés diretamente."( Alcorão Sagrado 4:164)
Há no Alcorão 6 capítulos que levam o nome de profetas, que são: Yunus (Jonas), Hud, Yussef (José), Ibrahim (Abraão), Nuh (Noé) e Muhammad (saws)
No Alcorão, 5 profetas foram qualificados como fortes, pelo que suportaram da maldade de seus povos, e pelo que legaram de grandes feitos no campo da pregação. E eles estão citados neste versículo:
"Recorda-te de quando instituímos o pacto com os profetas: contigo, com Noé, com Abraão, com Moisés, com Jesus, filho de Maria, e obtivemos deles um solene compromisso." (Alcorão Sagrado 33:7)
Nem sempre Deus enviou apenas um profeta para um povo. A certa altura, Deus enviou, ao mesmo tempo, dois profetas ou mais.
"E lembra-lhes a parábola dos moradores da cidade, quando se lhes apresentaram os mensageiros. Enviamos-lhes dois (mensageiros), e os desmentiram; e, então, foram reforçados com o envio de um terceiro; (os mensageiros) disseram-lhes: ficai sabendo que fomos enviados a vós."( Alcorão Sagrado 36:13-14)
Consta no Alcorão o seguinte versículo:
"Em verdade, Muhammad não é o pai de nenhum de vossos homens, mas sim o Mensageiro de Deus e o postermo dos profetas; sabei que Deus é Onisciente."(Alcorão Sagrado 33:40)
E o próprio Muhammad (saws) confirmou ser o último Profeta o disse que já não viria outro Profeta depois dele. Nenhum dos Profetas antes do Profeta Muhammad (saws) dissera que era, o último.
Pelo contrário Jesus e Moisés disseram que depois deles viria outro Profeta. O Profeta Ibrahim também tinha pedido que Deus enviasse outro Profeta depois dele. Portanto quem hoje declarar que é Profeta é um mentiroso, é um falso, deve ser rejeitado, aqueles que aceitam estes falsos profetas são considerados Káfir.
A humanidade não precisa de outros Profetas depois de Muhammad (saws) porque os seus ensinamentos estão vivos, intactos e completos.
A Revelação que Muhammad (saws) recebeu está viva, completa, perfeita e intacta. É dirigida a todos em todas, as eras o em todos os locais. É suficientemente flexível o que faz com que seja aplicável, em todos os tempos e acima de tudo Deus prometeu conservá-la eternamente na sua forma original, assim como Ele diz no Alcorão Sagrado:
‘’Nós revelamos a Mensagem e somos o Seu Preservador.’’ (Alcorão Sagrado 15:9)
Por isso Muhammad (saws) é considerado o último Profeta e o selo dos Profetas.

Os Sahabas - (Os companheiros do Profeta)
Um Sahabi é a pessoa que no estado de Iman (crença) viu ou esteve na presença do Profeta Muhammad (saws) como no caso de Abdallah Ibn Ummi Maktum que era um cego; e faleceu nesse mesmo estado de Iman.
O Alcorão e o Hadith estão repletos de testemunhos de que o Sahabas são virtuosos, e são os critérios da verdade. Eles são os mais ilustres no Islam. A dignidade e honra reservada a eles é tão grande que até Deus os escolheu para fazerem companhia ao Seu último Profeta e escutarem o Alcorão diretamente do Profeta Muhammad (saws)
Foi também a firmeza dos Sahabas que engrandeceu o Islam, eles apoiaram o Profeta Muhammad (saws) nos momentos difíceis do Islam, sacrificaram as suas vidas para contentarem a Deus e o seu Mensageiro. A história não pode mostrar outro grupo de pessoas que se sacrificou tanto para glorificar o nome de Deus.
Há aproximadamente cem Ayats (versículos) no Alcorão que coloca o selo da santidade a elevada posição dos Sahabas.
Amor pelos Sahabas é um constituinte importante do Imam. Quem tem o mínimo de Imam nunca se atreverá ir contra os Sahabas.
O Profeta Muhammad (saws) ) disse:
‘’Que nenhum de vós fale mal dos meus Sahabas, pois se alguém de vós gastar (em caridade) ouro do tamanho da montanha de Uhud, jamais chegará a uma mão cheia de tâmaras gastas pelos Sahabas no caminho de Deus.’’
Deus diz no Alcorão que Ele está satisfeito com os Sahabas e os Sahabas estão satisfeitos com Ele. O Profeta Muhammad (saws) disse:
‘’Os meus companheiros são como os Astros, a qualquer um deles que seguirdes estareis bem encaminhados (guiados).’’
Eis aqui alguns Ayats relacionados com os Sahabas:
‘’Quanto aos primeiros muçulmanos, dentre os muhajirin e os ansar, que imitaram o glorioso exemplo daqueles, Deus se comprazerá com eles e eles se comprazerão n’Ele; e lhes destinou jardins, abaixo dos quais correm os rios, onde morarão eternamente. Tal é o magnífico benefício.’’ (Alcorão Sagrado 9:100)
‘’Porém, o Mensageiro e os fiéis que com ele sacrificaram seus bens e pessoas obterão as melhores dádivas e serão bem-aventurados. Deus lhes destinou jardins, abaixo dos quais correm os rios, onde morarão eternamente. Tal é a magnífica recompensa.’’ (Alcorão Sagrado 9:88 e 89)
Foi através dos Sahabas que o mundo aprendeu o Din, estabeleceu a verdadeira Chari’ah e obteve a Sunnah do Profeta Muhammad (saws) .
Pois, eles foram os primeiros narradores do Din trazido por Muhammad (saws) a humanidade.
Dentre os Sahabas os mais ilustres e célebres são os quatro Khulafá Rashidun (sucessores bem guiados); Abu Bakr, o primeiro Khalifa, seguido de Umar, o segundo Khalifa, depois o Uthman, o terceiro Khalifa e é ‘Ali, o quarto Khalifa.

OS CALIFAS PROBOS
ABU BAKR
Abu Bakr, o primeiro Califa (632-634 d.C)
"Se eu tivesse que ter um amigo além de meu Senhor, eu teria Abu Bakr com meu amigo." (hadith)

A Eleição para o Califado
Abu Bakr, o Companheiro mais próximo do Profeta (saws) não estava presente quando ele deu seu último suspiro na casa de sua amada esposa dos últimos anos, Aisha, filha de Abu Bakr. Quando ele soube da morte do Profeta, correu para a casa da filha, com tristeza, "Quão abençoada foi sua vida e quão beatificada é sua morte," sussurou, enquanto beijava o rosto de seu amado amigo e mestre que agora já não mais estava presente.
Quando Abu Bakr saiu da casa do Profeta e trouxe a notícia, a descrença e a consternação espalharam-se pela comunidade dos muçulmanos de Medina. Mohammad (saws) tinha sido o líder, o guia e o portador da Divina revelação. Através dele, eles tinham sido afastados da idolatria e da barbárie e entrado no caminho de Deus. Como ele podia ter morrido? Até Omar, um dos mais bravos e dos mais fortes entre os Companheiros do Profeta, perdeu a compostura, sacou de sua espada e ameaçou matar quem quer que dissesse que o Profeta estava morto. Abu Bakr gentilmente o afastou, subiu os degraus do púlpito da mesquita e se dirigiu ao povo, dizendo:
"Ó gentes, aquele que adora a Mohammad, eis que Mohammad está morto. Mas aquele que adora a Deus, eis que Deus está vivo e nunca morrerá."
E concluiu com um versículo do Alcorão:
"E Mohammad não é senão um mensageiro. Muitos mensageiros o precederam; se ele morresse ou fosse morto, voltaríeis à incredulidade?" (3:144)
Ao ouvirem estas palavras, as pessoas se consolaram. O abatimento cedeu lugar à confiança e tranquilidade. O momento crítico tinha passado, mas a comunidade muçulmana agora enfrentava um problema extremamente grave, que era a escolha de um líder. Após algumas discussões entre os Companheiros do Profeta, que estavam reunidos com o objetivo de escolher um substituto, ficou evidente que não havia outro mais adequado para a responsabilidade do que Abu Bakr. Uma parte de seu discurso, logo após sua eleição, já foi citada na introdução.

A vida de Abu Bakr
Abu Bakr ('O proprietário de camelos') não era seu nome verdadeiro. Ele passou a usar esse nome mais tarde, por causa de seu grande interesse na criação de camelos. Seu nome verdadeiro era Abdul Ka'aba (Servo da Caaba), que depois foi mudado pelo Profeta para Abdullah ('Servo de Deus'). O Profeta (saws) também lhe deu o nome de 'Siddiq', o Testemunhador da Verdade'.
Abu Bakr era de uma rica família de mercadores e, ainda antes de abraçar o Islam, era um cidadão respeitado de Mecca. Ele era três anos mais jovem do Mohammad (saws) e uma natural afinidade surgiu entre eles desde a infância. Foi o mais próximo Companheiro do Profeta durante toda a vida dele. Quando Mohammad convidou seus amigos mais íntimos e parentes para o Islam, Abu Bakr estava entre os primeiros a aceitar. Ele também persuadiu Osman e Bilal a aceitarem o Islam. No início da missão do Profeta, quando um punhado de muçulmanos foram submetidos a perseguição e tortura implacáveis, Abu Bakr teve a sua parcela de sofrimento. Finalmente, quando a permissão de Deus chegou para migrar de Mecca, ele foi o único escolhido pelo Profeta para acompanhá-lo numa perigosa viagem para Medina. Abu Bakr sempre esteve ao lado do Profeta nas inúmeras batalhas que aconteceram durante a existência dele. Certa vez, ele trouxe todos os seus pertences para o Profeta, que estava levantando fundos para defender Medina. O Profeta perguntou "Abu Bakr, o que você deixou para a sua família?" A resposta veio imediata: "Deus e Seu Profeta."
Mesmo antes do Islam, Abu Bakr era conhecido como um homem de caráter honrado e amável e de natureza compassiva. Por toda sua vida ele foi sensível ao sofrimento humano e gentil com os pobres e necessitados. Muito embora fosse rico, viveu modestamente e gastava seu dinheiro na caridade, na libertação dos escravos e pela causa do Islam. Muitas vezes ela passava parte da noite em súplicas e orações. Ele partilhou com sua família uma vida afetuosa e alegre.

O Califado de Abu Bakr
Este era o homem sobre quem o peso da liderança recaiu, no período mais delicado da história dos muçulmanos.
Quando a notícia da morte do Profeta se espalhou, várias tribos se rebelaram e se recusaram a pagar o zakat (o imposto do pobre), dizendo que ele era devido somente ao Profeta (saws) Ao mesmo tempo, começaram a surgir inúmeros impostores, alegando que a missão de profeta tinha passado para eles, e começaram a surgir revoltas. Além do mais, dois poderosos impérios, o Romano do Oriente e o Persa, também ameaçavam o recém-nascido estado de Medina.
Sob tais circunstâncias, muitos Companheiros do Profeta, inclusive Omar, aconselharam Abu Bakr a fazer concessões aos sonegadores do zakat, pelo menos por um tempo. O novo Califa não concordou. Ele insistia que era uma Lei Divina e que não podia ser desrespeitada, que não havia diferença entre as obrigações do zakat e do salat (oração) e que qualquer transigência com as injunções de Deus fatalmente minariam as fundações do Islam. Omar e os outros rapidamente perceberam seu erro de julgamento. As tribos revoltosas atacaram Medina mas os muçulmanos estavam preparados. O próprio Abu Bakr liderou a defesa, forçando-os a se retirarem. Ele também declarou uma guerra implacável contra aqueles que se diziam profetas, muitos dos quais se submeteram e voltaram a professar o Islam.
A ameaça do Império Romano, na verdade, tinha surgido mais cedo, durante a existência do Profeta. O Profeta tinha organizado um exército, sob comando de Usama, o filho de um escravo liberto. O exército não tinha ido muito longe quando o Profeta caiu doente e eles interroperam o avanço. Após a morte do Profeta, a questão surgida foi se o exército deveria ser enviado de novo ou se deveria permanecer em Medina, para defender a cidade. Mais uma vez Abu Bakr mostrou uma firme determinação. Ele disse: "Mandarei o exército de Usama da mesma forma que foi ordenada pelo Profeta, ainda que eu fique sozinho."
As instruções finais que ele transmitiu a Usama prescreviam um código de conduta na guerra que permanece até os dias de hoje. Parte de suas instruções para o exército muçulmano foram:
"Não desertem nem sejam culpados de desobediência. Não matem o velho, a mulher ou a criança. Não destruam as tamareiras e nem cortem as árvores frutíferas. Não matem carneiros, ou vacas, ou camelos, a não ser que seja para comer. Vocês encontrarão pessoas que passam suas vidas em monastérios. Deixem-nas em paz e não as molestem."
Em muitas ocasiões, Khalid bin Walid foi escolhido pelo Profeta (saws) para chefiar os exércitos muçulmanos. Um homem de enorme coragem e um líder nato, seu gênio militar desabrochou em plenitude durante o Califado de Abu Bakr. Durante o governo de Abu Bakr, Khalid levou seus homens de vitória em vitória contra o ataque dos romanos.
Uma outra contribuição de Abu Bakr para a causa do Islam foi a coleta e compilação dos versículos do Alcorão.
Abu Bakr morreu no dia 21 de jamadi-al Akhir, do ano 13 d.H (23 de agosto de 634 d.C), com a idade de 63 anos e foi enterrado ao lado do Profeta (saws) Seu Califado teve a duração de 27 meses. Neste curto período, no entanto, Abu Bakr foi importante, com a graça de Deus, para o fortalecimento e consolidação de sua comunidade e do estado e protegeu os muçulmanos dos perigos que ameaçavam sua existência.

OMAR (634-644 d.C)
Omar, o segundo Califa (634-644d.C)
"Deus colocou a verdade na língua e no coração de Omar." (hadith)

A vida de Omar
Quando estava doente, Abu Bakr conferenciou com seu povo, principalmente com os mais eminentes e respeitados da comunidade. Após este encontro, eles escolheram Omar como sucessor de Abu Bakr. Omar era de uma família respeitada do Coraix e era mais novo do que o Profeta (saws) 30 anos. A família de Omar era conhecida pelo seu grande conhecimento de genealogia. Quando ele cresceu, Omar se destacou neste ramo do conhecimento, assim como na arte da esgrima, na luta e na arte da oratória. Ele também aprendeu a ler e a escrever quando ainda era criança, uma coisa rara na Mecca daquela época. Omar ganhava a vida como mercador. Sua atividade lhe possibilitou viajar bastante e encontrar todo tipo de pessoas. Esta experiência lhe deu uma percepção das questões e problemas dos homens. A personalidade de Omar era dinâmica, autoconfiante, franca e direta. Sempre falava o que lhe vinha à cabeça, mesmo que pudesse desagradar aos outros.
Omar tinha 27 anos quando o Profeta (saws) proclamou sua missão. As idéias pregadas por Mohammad o enraiveciam, da mesma forma que a outros notáveis de Mecca. Qualquer coraixita que se convertesse ao Islam encontrava a crítica feroz de Omar. Quando sua escrava aceitou o Islam, ele bateu nela até ficar exausto e disse a ela, "parei porque estou cansado e não por pena de você." A história de sua conversão ao Islam é interessante. Certo dia, cheio de raiva contra o Profeta, ele sacou de sua espada e partiu para matar o Profeta. No meio do caminho, ele se encontrou com um amigo e lhe contou o que tinha planejado fazer. Seu amigo, então, lhe disse que sua irmã, Fátima, e o marido também tinham aceitado o Islam. Omar foi direto para a casa de sua irmã, onde ele a encontrou lendo páginas do Alcorão. Ele caiu em cima dela e bateu sem dó nem piedade. Machucada e sangrando, ela disse ao irmão "Omar, você pode fazer o que quiser, mas não pode tirar de nossos corações o Islam". Essas palavras tiveram um efeito estranho em Omar. Que fé era aquela que fazia até de uma mulher fraca um coração tão forte? Ele pediu à irmã que lhe mostrasse o que estava lendo e no mesmo instante ele foi tocado pelas palavras do Alcorão e imediatamente compreendeu sua verdade. Ele dirigiu-se para a casa onde o Profeta se encontrava e declarou sua fidelidade a ele.
Omar não fez segredo de sua aceitação do Islam. Ele se encontrou com os muçulmanos e rezou com eles na Caaba. Essa coragem e devoção por parte de um cidadão influente de Mecca, levantou o moral da pequena comunidade de muçulmanos. Apesar de tudo, Omar também foi submetido a privações e quando a permissão para migrar para Medina chegou, ele também partiu de Mecca. A firmeza do julgamento de Omar, sua devoção ao Profeta (saws) sua ousadia e retidão de caráter lhe deram o título de "Faruq", que significa o "O que separa a verdade da falsidade". Durante o Califado de Abu Bakr, Omar foi seu assistente e conselheiro mais próximo. Quando Abu Bakr morreu, toda a comunidade de Medina jurou fidelidade a Omar e, no dia 23 de jamadi-al-akir, do ano 13 da Hégira, ele foi proclamado Califa.

O Califado de Omar
Após assumir o cargo, Omar falou aos muçulmanos de Medina:
"... Ó gentes, vós tendes direitos sobre mim que podem sempre ser reivindicados. Um desses direitos é que aquele que chegar a mim com um pedido, deve sair satisfeito. Um outro direito é que vós podeis exigir que eu não use indevidamente as receitas do Estado. Também podeis pedir que ... Fortificarei vossas fronteiras e não vos colocarei em perigo. Também é vosso direito, quando fordes para as batalhas, que eu cuide de vossas famílias enquanto estiverdes fora, como um pai o faria. Ó gentes, permanecei na fé em Deus, perdoai minhas faltas e ajudai-me em minha tarefa. Ajudai-me a fazer cumprir o bem e a proibir o que é mal. Aconselhai-me em relação às obrigações que me foram impostas por Deus..."
O feito mais notável do Califado de Omar foi a enorme expansão do Islam. Além da Arábia, o Egito, o Iraque, a Palestina e o Irã, também ficaram sob a proteção do governo islâmico. Mas a grandeza de Omar está na qualidade de seu governo. Ele deu um sentido prático à injunção alcorânica:
"Ó fiéis, sede firmes na observância da justiça, como testemunhas de Deus, ainda que o testemunho seja contra vós mesmos, contra vossos pais ou contra vossos parentes, seja o acusado rico ou pobre, porque a Deus incumbe protegê-los." (4:135)
Certa vez, uma mulher apresentou uma queixa contra Omar. Quando ele apareceu no tribunal, perante o juiz, este se levantou em sinal de respeito. Omar o repreendeu dizendo "Este é o primeiro ato de injustiça que você fez a esta mulher."
Ele insistia que seus governadores tivessem uma vida simples, que não tivessem guarda em suas portas e que fossem acessíveis ao povo todo o tempo, e ele próprio deu o exemplo. Muitas vezes enviados estrangeiros e mensageiros, mandados a ele por seus generais, o encontravam repousando sob uma tamareira ou orando na mesquita entre o povo, e era difícil para eles distinguir, no meio do povo, quem era o Califa. Ele passava parte da noite acordado nas ruas de Medina para ver se alguém precisava de ajuda ou assistência. O ambiente moral e social da sociedade muçulmana daquela época pode ser exemplificado pelas palavras de um egípcio que foi mandado espionar os muçulmanos durante um confronto. Ele contou:
"Eu vi um povo, onde cada um preza mais a morte do que a vida. Eles cultivam a humildade e não o orgulho. Ninguém tem ambições materiais. Seu modo de vida é simples ... Seu comandante é igual a eles. Não fazem diferença entre o superior e o inferior, entre o senhor e o escravo. Quando chega a hora da oração ninguém fica atrás ..."
Omar deu a seu governo uma estrutura administrativa. Foram criados os departamentos do Tesouro, do Exército e das Receitas Públicas. Foram estabelecidos salários regulares para os soldados. Foi realizado um censo da população. Foram feitos levantamentos dos territórios para estabelecerem impostos eqüitativos. Novas cidades foram fundadas. As regiões que ficaram sob domínio de seu governo foram divididas em províncias, que eram administradas por governadores indicados por ele. Novas estradas foram feitas, canais foram abertos e construídos hotéis ao longo do caminho. Dos fundos públicos, foi feita uma provisão para ajudar os pobres e necessitados. Ele definiu, pela lei e pelo exemplo, os direitos e privilégios dos não muçulmanos, como, por exemplo, o contrato com os cristãos de Jerusalém:
"Esta é a proteção que o servo de Deus, Omar, governante dos crentes, concedeu ao povo de Eiliya (Jerusalém). A proteção vale para suas vidas e bens, suas igrejas e cruzes, para os doentes e os saudáveis e para todos os correligionários. Suas igrejas não serão usadas para moradia nem serão demolidos, seus recintos não sofrerão qualquer dano nem suas cruzes ou bens serão danificados de qualquer maneira. Não há compulsão para o povo em matéria de religião e ninguém sofrerá ofensas por conta da religião... Tudo que está escrito aqui representa um pacto com Deus, sob a responsabilidade de Seu Mensageiro, dos Califas e dos crentes e será válido para os que pagarem a Jizya (imposto para a proteção de não muçulmanos) imposta a eles."
Os não muçulmanos que participaram das campanhas juntamente com os muçulmanos ficaram isentos do pagamento da Jizya e quando os muçulmanos se retiravam de uma cidade cujos cidadãos não muçulmanos tinham pago este imposto, o valor era devolvido a eles. O muçulmano velho, o pobre, o incapacitado, assim como os não muçulmanos, eram sustentados pelo Tesouro Público e pelos fundos provenientes do zakat.
A morte de Omar
No ano 23 d.H, quando Omar voltava para Medina, depois da peregrinação, ele ergueu as mãos e rezou:
"Ó Deus! Estou velho, meus ossos estãos cansados, meu vigor já não é mais o mesmo e o povo por quem sou responsável espalhou-se pelo mundo. Chama-me de volta para Ti, meu Senhor."
Pouco tempo depois, quando Omar dirigia-se à mesquita para conduzir a oração, um magian, de nome Abu Lulu Feroze, que guardava mágoa de Omar a respeito de uma questão pessoal, atacou-o com um punhal e o esfaqueou diversas vezes. Omar cambaleou e caiu ao chão. Quando ele soube que o assassino era um magian, disse "Graças a Deus que não é um muçulmano."
Omar morreu na primeira semana do mês de muharram, do ano 24 d.H., e foi enterrado ao lado do Profeta (saws)

OSMAN
Osman, o terceiro Califa (644-656 d.C)
"Todo Profeta tem um assistente e o meu será Osman." (hadith)

A Eleição de Osman
Quando Omar foi ferido pelo punhal do assassino, antes de morrer as pessoas pediram-lhe que apontasse seu sucessor. Omar indicou um comitê, integrado por 6 dos dez companheiros do Profeta (saws) e de quem o Profeta tinha dito "Eles são as pessoas do Paraíso" - 'Ali, Osman, Abdul Rahman, Sa'ad, Al-Zubair e Talha - para escolher o novo califa dentre eles. Ele também esboçou o procedimento a ser seguido, no caso de surgir alguma divergência de opinião. Abdul Rahman retirou seu nome. Ele, então, foi autorizado pelo comitê a indicar o califa. Após dois dias de discussão entre os candidatos, e após consultar a opinião dos muçulmanos de Medina, a escolha recaiu sobre dois nomes, Osman e 'Ali. Abdul Rahman chegou à mesquita, juntamente com outros muçulmanos, e após um breve discurso e de ser questionado por dois homens, ele jurou fidelidade a Osman. Todos os presentes fizeram o mesmo e Osman tornou-se o terceiro Califa do Islam, no mês de muharram, do ano 24 da Hégira.

A vida de Osman
Osman bin Affan nasceu sete anos depois do Profeta (saw). Ele pertencia ao ramo omíada da tribo coraixita. Ele aprendeu a ler e a escrever ainda muito cedo e, quando rapaz, tornou-se um comerciante de sucesso. Mesmo antes de aceitar o Islam, Osman era conhecido por sua honradez e integridade de caráter. Ele e Abu Bakr eram amigos íntimos e foi Abu Bakr quem o trouxe para o Islam, quando ele estava com a idade de 34 anos. Alguns anos mais tarde, ele se casou com a segunda filha do Profeta, Ruqayya. Apesar de fortuna e da boa posição social que desfrutava, seus parentes o submeteram a torturas por causa de sua conversão ao Islam e ele foi forçado a emigrar para a Abissínia. Algum tempo mais tarde ele voltou a Mecca mas logo em seguida migrou para Medina com os outros muçulmanos. Em Medina seus negócios começaram a prosperar e ele reconquistou sua antiga fortuna. A generosidade de Osman não tinha limites. Em várias ocasiões ele gastou de seus bens com o bem-estar dos muçulmanos, com a caridade e com a melhoria dos exércitos muçulmanos. Por isso, ele é conhecido como "Ghani", isto é, Generoso.
A esposa de Osman, Ruqayya, ficou seriamente doente, um pouco antes da Batalha de Badr e, por isso, ele foi dispensado pelo Profeta (saws) de participar da luta. Ruqayya morreu em decorrência da doença, deixando Osman profundamente pesaroso. O Profeta ficou tocado e ofereceu a Osman a mão de sua outra filha, Kulthum. Por ter tido o privilégio de ter-se casado com duas filhas do Profeta, ele passou a ser conhecido como "O Possuidor de Duas Luzes".
Osman participou das batalhas de Uhud e da Trincheira. Após os confrontes de Trincheira, o Profeta (saws) determinou que fosse feito o Hajj e enviou Osman aos coraixitas de Mecca, como seu emissário. Chegando lá, Osman foi detido e o episódio terminou com um tratado com as autoridades de Mecca, o Tratado de Hadaibiya.
O retrato que temos de Osman é o de um homem simples, honesto, manso, generoso e muito amável, conhecido principalmente por sua modéstia e espírito de justiça. Muitas vezes passava parte da noite em orações, jejuava a cada segundo ou terceiro dia da semana, fazia o hajj a cada ano e cuidava dos necessitados de toda a comunidade. Apesar de sua fortuna, ele tinha um modo de vida muito simples e dormia sobre a areia do pátio da mesquita do Profeta. Osman memorizou todo o Alcorão e tinha um profundo conhecimento do contexto e circunstâncias relacionados a cada versículo alcorânico.

O Califado de Osman
Durante o califado de Osman, as características dos califados de Abu Bakr e Omar - justiça imparcial para todos, políticas humanas e moderadas, empenho no caminho de Deus e expansão do Islam - continuaram. Os domínios de Osman estenderam-se do Marrocos, a oeste, até o Afeganistão, a leste, e a Armênia e Azerbaijão, no norte. Durante seu califado, a marinha foi organizada, foram revistas as divisões administrativas do estado e muitos projetos públicos foram completados. Osman enviou eminentes Companheiros do Profeta (saws) como seus representantes pessoais às diversas províncias para fiscalizar a conduta dos funcionários e a condição de vida do povo.
A mais notável contribuição de Osman para a religião de Deus foi a compilação de um texto completo e autorizado do Alcorão. Várias cópias deste texto foram feitas e distribuídas por todo o mundo muçulmano.
Osman governou por 12 anos. Os primeiros seis anos foram marcados pela paz e tranqüilidade internas, mas durante a segunda metade de seu califado começou uma rebelião. Judeus e magians, aproveitando-se da insatisfação disseminada entre o povo, começou a conspirar contra Osman e publicamente alardeavam suas queixas e ressentimentos, ganhando tanta simpatia que já não era mais possível distinguir o amigo do inimigo.
Parece surpreendente que um governante de tão vasto território, cujos exércitos eram invencíveis, fosse incapaz de lidar com os rebeldes. Se Osman tivesse desejado, a rebelião poderia ter sido esmagada logo que começou. Mas ele não queria que houvesse derramamento de sangue entre os muçulmanos. Ele preferiu argumentar com eles e persuadi-los com gentileza e generosidade. Ele sempre se lembrava de ouvir o Profeta (saws) dizer: "Assim que a espada for desembainhada entre os meus seguidores, nunca mais será guardada até o Último Dia."
Os rebeldes exigiram que ele renunciasse e alguns dos Companheiros o aconselharam que o fizesse. Com satisfação ele teria seguido o conselho, mas, mais uma vez, ele estava preso a uma promessa solene que tinha feito ao Profeta. "Talvez Deus o vista com uma camisa, Osman", disse-lhe certa vez o Profeta, "e se as pessoas quiserem que a tire, não faça isso por elas." No dia em que sua casa foi cercada pelos rebeldes, Osman disse a um amigo "O Mensageiro de Deus fez um pacto comigo e mostrarei firmeza no seu cumprimento."
Após um longo cerco, os rebeldes entraram na casa de Osman e o assassinaram. Quando a espada do primeiro assassino atravessou Osman, ele estava recitando o versículo
"Deus ser-vos-á suficiente contra eles, e Ele é o Oniouvinte, o Sapientíssimo." (2:137)
Osman deu seu último suspiro na noite de sexta-feira, dia 17 de dhul hijja, do ano 35 da Hégira (junho de 656 d.C). Ele estava com 84 anos anos de idade. O poder dos rebeldes foi tão grande que o corpo de Osman permaneceu insepulto até sábado à noite, quando então foi enterrado com suas roupas manchadas de sangue, a mortalha que convém a todos os mártires da causa de Deus.
'Ali, o quarto Califa (656-661 d.C)
"Tu ('Ali) és meu irmão neste mundo e no outro." (Hadith)

A Eleição de 'Ali
Depois do martírio de Osman, o cargo de califa ficou vago por dois ou três dias. Muitas pessoas insistiam em que 'Ali deveria assumir o lugar mas ele se sentia constrangido pelo fato de as pessoas que o estavam pressionando serem os rebeldes e, por isso, ele declinou de início. Quando os Companheiros do Profeta (saws) pediram-lhe que aceitasse, ele finalmente concordou.

A vida de 'Ali
'Ali bin Abi Talib era primo do Profeta (saws) Mais do que isso, ele tinha sido criado na casa do Profeta, mais tarde casou-se com a filha mais nova do Profeta, Fátima, e permaneceu intimamente ligado a ele por aproximadamente 30 anos.
'Ali tinha 10 anos quando a Divina Mensagem chegou a Mohammad (saws) Uma noite ele viu o Profeta e sua esposa, Khadija, curvando-se e em prostração. Ele perguntou ao Profeta sobre o siginificado daquilo. O Profeta lhe disse que eles estavam orando a Deus, o Supremo, e que 'Ali também deveria aceitar o Islam. 'Ali disse que iria primeiro perguntar a seu pai sobre a questão. Ele passou a noite sem dormir e de manhã foi ao Profeta e disse, "Quando Deus me criou Ele não consultou meu pai, portanto, por que deve consultar meu pai para servir a Deus?" e aceitou a verdade da mensagem de Mohammad.
Quando o mandamento Divino chegou, "e avise teus parentes mais próximos" (26:124), Mohammad (saws) convidou seus parentes para uma refeição. Quando terminou, dirigiu-se a eles e perguntou: "Quem se juntará a mim pela causa de Deus?" Durante alguns momentos houve um silêncio completo e, então, 'Ali se levantou e disse: "Sou o mais jovem de todos os presentes aqui. Meus olhos me incomodam porque estão inflamados e minhas pernas são finas e fracas, mas me juntarei a ti e ajudarei naquilo que puder." Os presentes cairam na gargalhada. Mas, durante os tempos difíceis em Mecca, 'Ali cumpriu sua palavra e enfrentou todas as dificuldades que foram impostas aos muçulmanos. Ele dormia na cama do Profeta quando os coraixitas planejaram matar Mohammad. Quando partiu de Mecca, foi a ele que o Profeta confiou os valores que lhle tinha sido confiados, para que 'Ali os devolvesse a seus legítimos proprietários.
Além da expedição a Tabuk, 'Ali participou das primeiras batalhas do Islam com grande distinção, principalmente na campanha de Khaybar. Diz-se que na Batalha de Uhud ele recebeu mais de 16 ferimentos.
O Profeta (saws) tinha um grande amor por 'Ali e o chamava por nomes carinhosos. Certa vez, o Profeta o encontrou dormindo na areia. Ele afastou as roupas de 'Ali e disse carinhosamente "Levante-se, Abu Turab (Pai da Poeira)". O Profeta também lhe deu o nome de Asadullah (Leão de Deus).
A humildade, austeridade, piedade, o profundo conhecimento do Alcorão e a sua sagacidade, deram-lhe uma grande distinção entre os Companheiros do Profeta. Abu Bakr, Omar e Osman o consultavam frequentemente e muitas vezes Omar o fez vice-regente em Medina, em suas ausências. 'Ali também era um grande estudioso da literatura árabe e foi um pioneiro no campo da gramática e da retórica. Muitos de seus ditos sensatos foram preservados. 'Ali tinha uma personalidade rica e versátil. Apesar desses talentos, ele permaneceu um homem modesto e humilde. Certa vez, durante seu califado, quando ele estava indo para o mercado, um homem se levantou em respeito e o seguiu. "Não faça isto", disse 'Ali. "Essas atitudes são uma tentação para o governante e uma desgraça para o governado."
A vida em sua casa era extremamente simples e austera. Algumas vezes chegaram a passar fome por causa da grande generosidade de 'Ali e ninguém que pedisse ajuda voltava de mãos vazias. Seu estilo de vida austero e simples não se modificou, mesmo quando se tornou o governante de um grande império.

O Califado de 'Ali
Conforme mencionado anteriormente, 'Ali aceitou o califado muito relutantemente. O assassinato de Osman e as circunstâncias que o cercaram, eram um sintoma e também a causa de uma luta civil em grande escala. 'Ali sentiu que a trágica situação era devida, principalmente, a governadores incapazes. Assim, ele demitiu todos os governadores que tinha sido indicados por Osman e nomeou novos. Todos os governadores, com exceção de Muawiya, da Síria, acataram suas ordens. Muawiya se recusou a obedecer até que o sangue de Osman tivesse sido vindado. A viúva do Profeta, Aisha, também defendeu a posição de que 'Ali deveria primeiro julgar os assassinos. Devido às condições caóticas dos últimos dias de Osman, era muito difícil descobrir a identidade dos assassinos e 'Ali se recusou a punir alguém sem provas. Então aconteceu a batalha entre o exército de 'Ali e os partidários de Aisha. Mais tarde, Aisha percebeu seu erro de avaliação e nunca se perdoou por isso.
A situação no Hijaz (a parte da Arábia onde estão localizadas Mecca e Medina) tornou-se problemática e 'Ali mudou a capital do Califado para o Iraque. Muwaiya, agora abertamente contra 'Ali, partiu para a luta contra o exército de 'Ali. A batalha não teve uma conclusão e 'Ali teve que aceitar o governo de facto de Muawiya na Síria.
No entanto, muito embora o califado de 'Ali se visse às voltas com uma guerra civil, ele conseguiu introduzir uma série de reformas, principalmente na arrecadação de receitas.
Corria o ano 40, da Hégira. Um grupo de fanáticos, os carijitas, pessoas que tinham se afastado de 'Ali por causa de sua transigência com Muawiya, alegavam que nem 'Ali, o Califa, nem Muawiya, o governador da Síria, nem Amr bin al-Aas, o governador do Egito, mereciam governar o Califado. Na verdade, eles chegaram a afirmar que o verdadeiro califado tinha chegado ao fim com Omar e que os muçulmanos deveriam viver sem um governante, exceto Deus. Eles prometeram matar os três governantes e enviaram assassinos para os três lugares.
Os homens que tinham sido indicados para matar Muawiya e Amr não conseguiram realizar o intento e foram capturados e executados. Mas, Ibn-e-Muljim, o assassino que tinha a incumbência de matar 'Ali, conseguiu realizar sua tarefa. Certa manhã, 'Ali estava absorto em oração na mesquita, Ibn-e-Muljim o apunhalou com uma espada envenenada. No dia 20 do ramadan, do ano 40 da Hégira, morreu o último dos Califas Probos do Islam. Que Deus lhes conceda Sua recompensa eterna.

Conclusão:
Com a morte de 'Ali, chegou ao fim a primeira e mais notável fase da história dos povos muçulmanos. Durante todo este período, foram o Livro de Deus e as práticas de Seu Mensgeiro - isto é, o Alcorão e a Sunnah - que orientaram líderes e liderados, que estabeleceu os padrões de conduta moral e inspirou as ações de todos. Foi o tempo em que governante e governado, rico e pobre, poderoso e fraco, se submeteram uniformemente à Lei Divina. Foi uma época de liberdade e igualdade, da consciência de Deus e da humildade, da justiça social que reconhecia privilégios e de uma lei imparcial que não aceitava pressão de grupos ou de interesses pessoais.
Após 'Ali, Muawiya assumiu o califado e, a partir de então, o trono do califado passou a ser hereditário, passando de um rei a outro.

* Depois dos Khulafa Rashidun distinguem-se os Ashara Mubashara Bil Jannah; que são os dez Sahabas a quem o Profeta Muhammad (saws) lhes anunciou aqui neste Mundo a boa nova da sua entrada no Jannat (Paraíso) por causa do grande sacrifício que eles fizeram para o engrandecimento do Islam. Eis aqui os seus nomes incluindo os quatro Califas.
ABU BAKR ASSIDIQ;
UMAR IBN AL-KHATTAB;
UTHMAN IBN AFFAN;
‘ALI IBN ABI TALLIB;
TALHA;
ZUBAIR;
ABDARRAHMAN IBN AUF;
SAA'D IBN ABI WAQA'S;
SAID IBN ZAID;
ABU UBAIDAH IBN AL JARRAH;
Além destes há outros mais a quem o Profeta Muhammad (saws) deu as boas novas da entrada no Jannat, que é o caso da sua filha Fátima, a respeito dela o Profeta Muhammad (saws) disse; que ela será líder das mulheres no Jannat, e de seus netos Hassan e Hussain que serão os líderes dos jovens no Jannat (At-Tirmizi).
Da mesma forma tiveram o privilegio de receberem a boa nova da entrada no Paraíso; Aisha, Hamza, Abbas, Salman, Suhail e Ammár Bin Yassir.
Depois dos Ashara Mubashara, vem o grau dos que participaram na batalha de Badr, a seguir são os que participaram na batalha de Uhud, e depois são os que participaram no Baiat Ar-Ridwan, a respeito dos quais Deus disse:
‘’Deus Se congratulou com os fiéis, que te juraram fidelidade, debaixo da árvore. Bem sabia quanto encerravam os seus corações e, por isso infundiu-lhes o sossego e os recompensou com um triunfo imediato.’’ (Alcorão Sagrado 48:18)
E assim sucessivamente consoante o trabalho que cada um prestou para o engrandecimento do Islam; Deus diz a seu favor.
‘’Quanto aos fiéis que migraram e combateram pela causa de Deus, assim como aqueles que os apararam e os secundaram – estes são os verdadeiros fiéis – obterão indulgência e magnífico sustento.’’ (Alcorão Sagrado 8:74)
‘’Muhammad é o Mensageiro de Deus, e aqueles que estão com ele são severos para com os incrédulos, porém compassivos entre si. Vê-los-ás genuflexos, prostrados, anelando a graça de Deus e a Sua complacência. Seus rostos estarão marcados com os traços da prostração.’’ (Alcorão Sagrado 48:29)

Quiyamah (Juízo Final)
É freqüente ouvir-se falar do fim do mundo e é quase geral o sentimento de que o fim de todas as coisas está às portas.
Isso demonstra que acreditar no fim do mundo é algo lógico, e os cientistas acham perfeitamente compreensíveis, porém ignoram o meio pelo qual poderá certificar-se e tentam longe da revelação divina dar as suas hipóteses, aqui não queremos sustentar essas hipóteses, mas a título de curiosidade apenas vamos citar algumas resumidamente. A seguir apresentaremos a posição do Islam.
Uns dizem que pela desintegração dos átomos, poderia haver uma espécie de <<incêndio atômico>> que dificilmente poderia ser apagado, que resultaria no derretimento da ígnea massa fluída do interior do globo, o que em pouco tempo, poria termo a toda a forma de vida neste planeta.
Outros admitem a possibilidade de suceder exatamente o contrário o esfriamento da terra. Dizem que a massa fluída do interior poderá aos poucos se solidificar e a crosta terrestre engrossar mais e mais, e que, por fim, o nosso mundo, a exemplo da lua, poderá girar um astro morto no espaço.
Há também os que crêem que este mundo poderá ter seu fim na colisão com algum outro planeta. Outros dizem que as águas que cobrem a terra são calculadas em 65 quintilhões de pés cúbicos; se as mesmas pudessem penetrar no interior do globo, através das aberturas provocadas por violentos maremotos, então pelo vapor que se formaria ali dentro, haveria tão grande pressão que poderia explodir o nosso mundo em milhões de pedaços.
Outro perigo que alguns cientistas julgam poder por termo à vida neste planeta, é a paralisação de sua rotação. O observatório astronômico de Greenwich na Inglaterra pretende ter constatado que, em meio século, o nosso globo sofreu um atraso de meio minuto na sua rotação; se esta observação é um fato real e se uma tal dilação continuar ininterruptamente, bastariam conforme crêem 150.000 anos para o nosso mundo parar de girar.
Metade da terra se transformaria então num vasto deserto causticante, e a outra metade num vasto oceano glacial, estas e muitas outras hipóteses são afirmações sem prova, completamente, destituídas de fundamento, apenas presumem e conjecturam, porém indicam que o fim do mundo é um fato real e é um ponto convergente.
Como e quando isso sucederá, só a revelação pode nos esclarecer; o Alcorão Sagrado e as tradições do Profeta Muhammad (saws) esclarecem-nos detalhadamente esse assunto.

Crença no dia do Quiyamah

Acreditar-no dia do Quiyamah faz parte fundamental da nossa fé; e é lógico que tudo o que tem início tenha o seu fim. Este Mundo também teve o seu início, portanto um dia, terá o seu fim.
O homem é mortal, e como tal, cedo ou tarde morrerá, isso é um fato real que estamos vemos todos os dias. É perfeitamente compreensível que quem prática o bem, será recompensado, e quem pratica o mal, será castigado.
Verificamos, porém, freqüentemente aqui no Mundo, que, de acordo com a sua pratica o bom não está a ser, recompensado pelo bem que praticou, nem o mau a ser castigado pelo mal que praticou.
Assim, a lógica humana sã, exige, uma vez que Deus é o Maior justiceiro, que, haja um dia em que o bom e o mal sejam justamente recompensado e castigado respectivamente, pelo bem e mal praticados, porque de outro modo à vida no Mundo não teria nenhum sentido.
Esse é o dia de Quiyamah, que tem vários nomes no Alcorão, e também é conhecido por Dia de Julgamento ou Dia do Juízo Final.
Como será isso?
Chegado o tempo, no último dia deste Mundo, O Anjo Israfil receberá a ordem de Deus para fazer soar a trombeta cujo som será tão forte, destruidor e assustador, que causará a ruína de todo o Universo, pondo fim à vida de todos os seres, os edifícios e as estruturas reduzir-se-ão a fragmentos e pó. As montanhas voarão no espaço, como flocos (pedaços) de algodão; as estrelas, o sol e a lua escurecerão, a terra e o céu serão destruídos. Como Deus diz no Alcorão:
‘’Tudo quanto existe na terra perecerá. E só subsistirá o Rosto do teu Senhor, o Majestoso, o Honorabilíssimo.’’ (Alcorão Sagrado 55:26 e 27)
‘’E não invoqueis, à semelhança de Deus, outra divindade, porque não há mais divindades além d’Ele! Tudo perecerá, exceto o Seu Rosto Seu é o Juízo, e a Ele retornareis.’’ (Alcorão Sagrado 28:88)
No dia do Quiyamah, quando todos já estiverem ressuscitados e presentes, Deus interrogar-lhes-á:
‘’A quem pertencerá, nesse dia, o reino?’’ (Alcorão Sagrado 40:16)
Ninguém responderá, então Deus dirá:
‘’A Deus, Único, Irresistibilíssimo.’’ (Alcorão Sagrado 40:16)
Quando Será o Dia do Quiyamah?
Em um Hadith narrado por Umar, conhecido por Hadith Jibrail, em que o anjo Jibrail; fez várias perguntas ao Profeta Muhammad (saws) e uma delas foi quando o Quiyamah ocorrerá? o Profeta Muhammad (saws) respondeu:
‘’O Interrogado não sabe mais a cerca disso que o interrogador’’ (Relatado por Muslim).
Portanto o conhecimento da hora só pertence a Deus.
‘’Isto, porque Deus é Verdadeiro e vivifica os mortos, e porque é Onipotente. E a Hora chegará indubitavelmente, e Deus ressuscitará aqueles que estiverem nos sepulcros.’’ (Alcorão Sagrado 22: 6 e 8)
Exatamente, ninguém sabe a data de Quiyamah, nem há meios através dos quais se possa descobrir. Só Deus é que sabe.
‘’Em verdade, Deus possui o conhecimento da Hora (Quiyamah), faz descer a chuva e conhece o que encerram os ventres maternos. Nenhum ser saber o que ganhará amanhã, tampouco nenhum ser saberá em que terra morrerá, porque (só) Deus é Sapiente, Inteiradíssimo!’’ (Alcorão Sagrado 31:34)
Porém há 1400 anos o Profeta Muhammad (saws) forneceu-nos alguns sinais e eventos que ocorrerão antes de Quiyamah e todos eles são verídicos e autênticos; muitos deles já se constatam no nosso dia a dia. Dentre eles, há sinais pequenos e outros grandes, depois do aparecimento desses sinais, certamente que, terá lugar o dia de Quiyamah.
O Alcorão indica que o Quiyamah verificar-se-á numa altura de grande desenvolvimento tecnológico, quando as pessoas pensarão que têm todos os poderes sobre o mundo.
‘’A similitude da vida terrena equipara-se à água que enviamos do céu, a qual mistura-se com as plantas da terra, de que se alimentam os homens e o gado; e quando a terra se enfeita e se engalana, a ponto de seus habitantes crerem ser seus senhores, açoita-a o Nosso desígnio, seja à noite ou de dia, deixando-a desolada, como se, na véspera, não houvesse sido verdejante. Assim elucidamos os versículos àqueles que refletem.’’ (Alcorão Sagrado 10:24)
Contudo não quer dizer de alguma forma que a ciência e a tecnologia são condenadas no Islam, mas é verdade que servem como sinais do Quiyamah.

Alguns dos Pequenos Sinais do Quiyamah
Estes tiveram início com a própria vinda do Profeta Muhammad (saws) pois, a sua vinda indica a proximidade do Quiyamah. Os sinais pequenos podem ser divididos sob vários aspectos, tais como: moral social, moral individual, aspecto tecnológico, econômico, saúde e outros.

Aspectos da Moralidade Social
1º- Haverá muita hipocrisia, e a mentira será uma prática comum;
2º- Os homens obedecerão as suas mulheres e desobedecerão as suas mães, ou seja, darão preferência às suas mulheres do que as suas mães;
3º- Serão mais generosos e terão mais consideração pelos amigos do que pelos pais; ou seja, não os ajudarão, não os sustentarão, enviá-los-ão para os lares de velhos, etc;
4º- A música, a dança e os instrumentos musicais, tornar-se-ão extremamente vulgares (amor por elas);
5º- A Modéstia e a Vergonha desaparecerão;
6º- Não se desejarão mais ter filhos. O Profeta (saws) ; diz a esse respeito:
''Ao se aproximar o fim dos tempos, o homem achará melhor criar um cachorro do que criar um filho seu, não respeitará os mais velhos e não terá compaixão pelos mais novos. Os filhos frutos do adultério serão muitos, a ponto, de homem manter relações sexuais com a mulher nas sarjetas. Vestirão as peles de ovelhas, mas terão corações de lobo. Serão os mais parecidos possíveis com os hipócritas.'' (Al-Tabarani e Al-Hakim).
Já se nota isto um pouco por todo o lado, especialmente na sociedade Ocidental.
7º- A nova geração amaldiçoará a anterior;
8º- Numa família haverá pessoas que seguem diferentes religiões;
9º- Os fundos públicos serão considerados propriedades privadas;
10º- A opressão tornar-se-á dominante, as pessoas serão respeitadas pela sua força e temor da sua brutalidade e não pela sua justiça;
11º- As pessoas desejarão a morte por causa da prática de maldades (suicídios) e a falsidade tornar-se-á exuberante;
12º- Haverá muitas matanças entre as pessoas sem justificação (as guerras, assassinatos, etc);
13º- Os filhos desobedecerão e maltratarão os Pais, tratando-os como serventes e até as moças que em relação aos rapazes, normalmente são mais compassivas com as mães, tratá-las-ás como escravas. (Al Bukhari).

Aspecto Da Moral Individual
1º- A religiosidade e o conhecimento islâmico vai baixar apesar do progresso científico;
O Profeta Muhammad (saws) diz a esse respeito:
‘’Entre os sinais da aproximação da hora do Juízo Final, estão a existência de muitos leitores e poucos entendedores e de tantos Príncipes e tão poucos Probos.’’ (At-Tabarani).
No passado o saber era a demonstração da força da religião e a ignorância traduzia a sua fraqueza, porém, o inverso é o que acontecerá no final dos tempos assim como diz o Profeta Muhammad (saws)
‘’Haverá no final dos tempos adoradores ignorantes e leitores corruptos.’’ (Al-Hakim)
2º- A ignorância dominará as pessoas;
3º- As mulheres usarão vestuário provocantes, isto é, sexualmente atrativo, provocador e farão as suas cabeças serem semelhantes às corcovas dos camelos (nos penteados);
O Profeta Muhammad (saws) disse a esse respeito:
‘’As mulheres estarão vestidas, mas ao mesmo tempo nuas.’’
Isto é; com vestuário leve e transparente, muito apertado ou seminuas.
Ninguém imaginou no passado que inclusive as mulheres haveriam de se despir e de se utilizarem de todos os meios para excitarem os desejos dos homens estranhos.
Presentemente nota-se a onda de nudismo por todo o lado, apesar da abundância das roupas e fartura de tecido, e vestuários cuja função é precisamente tapar aquilo que se acha despido. Essas vestes apertadas ou leves e transparentes revelam uma grande parte do corpo da mulher. Verifica-se mais isso nas praias e nas piscinas mistas freqüentadas pelas mulheres sem as suas roupas e vestuários, com o corpo nu, exceto a sua região pubiana e parte dos seios. Estas são as tais mulheres que estão vestidas e simultaneamente nuas.
O Profeta Muhammad (saws) disse:
‘’Dois tipos de gente d'entre a minha nação, que eu não vi, estarão no fogo: pessoas que trazem consigo chicotes como os rabos de bovinos com os quais eles chicoteiam o povo e mulheres vestidas, nuas, requebrantes e que fazem requebrar, cujas cabeças parecem corcovas balouçantes de camelos.’’ (Muslim).
4º- As mulheres imitarão os homens e vice-versa (Al-Hiliya). Isto pode ser no comportamento, na aparência, nas vestes, etc;
5º- Haverá um aumento considerável na homossexualidade entre homens e mulheres;
6º- O adultério e a fornicação serão vulgarizados a ponto de serem exibidos e praticados em praças e locais públicos.
(Exibições de filmes pornográficos e de instrumentos de pecado, fomentados por todos os meios de comunicação).
Nunca se cometeu tanto pecado nesta terra como em nossa época, com uma grande tendência de piorar.

FONTE: http://www.religiaodedeus.net/pilares_da_fe.htm